“Assustada e ainda não consegue falar”, diz marido de conselheira atacada

“Assustada e ainda não consegue falar”, diz marido de conselheira atacada

Em estado de choque, a conselheira tutelar Irdineia Galiano Ibanes, de 37 anos, ainda não conseguiu prestar depoimento após ter sido atacada com uma foice durante o exercício de sua função, em Bela Vista, distante 324 quilômetros de Campo Grande. O caso ocorreu na noite de terça-feira (dia 20), no Bairro Vila Cohab. “Ela está em choque, não consegue falar, está assustada, só chora.

Nem o depoimento conseguiu dar ainda na delegacia. Também não estou insistindo por conta disso, tem que entender o lado dela”, relatou o marido, Jonathan Torres, vereador e presidente da Câmara Municipal. Segundo informações, por volta das 20h30, Irdineia acompanhava uma equipe do Conselho Tutelar até uma residência para atendimento a uma adolescente.

Quando a equipe se preparava para deixar o local, o morador Valdinei Figueiredo Massacote, de 35 anos, atacou a conselheira com uma foice, atingindo a cabeça da vítima. Os demais conselheiros correram desesperados pela rua para escapar da agressão, mas foram perseguidos pelo agressor, que continuava desferindo golpes “no ar”, tentando acertá-los. A PM (Polícia Militar) foi acionada e, após buscas, conseguiu prender Valdinei, que havia fugido para uma área de mata ao perceber a chegada da viatura.

Irdineia foi socorrida inicialmente para o hospital da região, mas devido à gravidade do ferimento, foi transferida para Ponta Porã para exames mais detalhados. Ela já recebeu alta médica e está em casa, se recuperando. Em depoimento, Valdinei afirmou que sua intenção era atingir outro conselheiro presente na diligência, a quem também perseguiu, mas não conseguiu ferir.

Ele foi preso por homicídio qualificado na forma tentada e deve passar por audiência de custódia na Justiça, ainda nesta quinta-feira (22) para definir se ficará preso esperando o andamento do inquérito ou se poderá responder em liberdade. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva, ressaltando a extrema gravidade do crime, praticado com motivo torpe e com recurso que dificultou a defesa da vítima, que apenas cumpria seu dever legal. Segundo a promotoria, a prisão preventiva também se justifica para evitar a intimidação de testemunhas e garantir a integridade da própria conselheira.

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Adriano Monezi

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