Trump descarta prorrogar prazo do tarifaço após pedido dos senadores

Trump descarta prorrogar prazo do tarifaço após pedido dos senadores

Nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se negou a prorrogar o prazo para a implementação do tarifaço. O pedido de adiamento foi feito ontem (29), por senadores integrantes da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado Federal, encabeçada pelo senador sul-matogrossense Nelsinho Trad.Com a declaração de Trump, fica confirmado que, daqui a dois dias, ou seja, a partir de 1° de agosto, o Brasil passará a ser alvo de taxas de 50% nos produtos importados para os Estados Unidos. “O prazo de primeiro de agosto é o prazo de primeiro de agosto, ele permanece firme e não será prorrogado”, escreveu Trump na Truth Social, rede social da qual é dono, acrescentando em outra publicação: “Primeiro de agosto, um grande dia para a América.” Apesar da inflexibilidade, os países alvos das tarifas ainda poderão negociar mudanças com os EUA.

Essa é a tentativa Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) formada pelo Senado Federal, que está em missão oficial do Senado Federal em Washington D.C, na tentaiva de reverter a medida nos próximos dias.Presidente da CRE, o senador Nelsinho Trad afirmou que o objetivo da missão é mostrar que o senado brasileiro está pronto para diálogo. “A gente sabe que não é aqui que vamos resolver o problema das tarifas, mas viemos mostrar que o Senado brasileiro está disposto a abrir o diálogo e construir pontes”, declarou Nelsinho Trad.Segundo o senador, a missão representa o primeiro passo para uma reaproximação institucional entre os congressos dos dois países. “Não viemos com bandeira ideológica, viemos com dados e responsabilidade.

O ‘não’ nós já temos, viemos correr atrás do ‘sim'”, completou.Também de Mato Grosso do Sul, a senadora Tereza Cristina (PP-MS) integra a comitiva e reforça o posicionamento da bancada brasileira em defesa dos interesses do país, especialmente em relação ao agronegócio, setor no qual tem forte atuação e que será diretamente impactado pelas novas tarifas.MISSÃOA expectativa da missão é conquistar apoio tanto de parlamentares democratas quanto de representantes do Partido Republicano, legenda do presidente norte-americano Donald Trump. Um dos primeiros encontros ocorreu com o senador democrata Martin Heinrich, do Novo México, estado que importa ao menos dez produtos brasileiros. O grupo pretende sensibilizar os congressistas norte-americanos com dados sobre as implicações da tarifa nos estados que representam.Além das reuniões no Congresso, a comitiva também entregará convites formais para que os parlamentares dos EUA visitem o Brasil e conheçam de perto os setores e produtos que serão impactados.TARIFAÇOA sobretaxa foi anunciada em 9 de julho, por meio de mensagem nas redes sociais do presidente Donald Trump.

Ele alega que a decisão é uma resposta à suposta perseguição judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Para o consultor legislativo do Senado, Henrique Salles Pinto, especialista em economia e agricultura, a iniciativa do governo norte-americano tem um viés mais político e geopolítico do que comercial. Segundo ele, o temor é de que o Brasil fique isolado, enquanto os EUA negociam reduções tarifárias com outros parceiros estratégicos como União Europeia e China.*Colaborou Alison SilvaAssine o Correio do Estado.

Leia mais na fonte original

🔔 Clique no link, entre em nossa comunidade no WhatsApp do Guia Lacerda e receba notícias em tempo real!

Adriano Monezi

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *