Mesmo sem dragagem, exportações de MS pelo Rio Paraguai dobram

Mesmo sem dragagem, exportações de MS pelo Rio Paraguai dobram

Em meio a várias discussões ligadas à privatização e dragagem do Rio Paraguai, ao mercado exterior e à taxação do governo dos Estados Unidos aos produtos e commodities brasileiras, o que está seguindo alheia a essa crise, por enquanto, é a exportação de minério de ferro em Mato Grosso do Sul.Dados consolidados do primeiro semestre deste ano mostram um crescimento de mais de 87% do escoamento dessa produção via Rio Paraguai, no comparativo com o mesmo período de 2024. O volume em toneladas exportado neste ano, inclusive, já superou o quantitativo de todo o ano passado.No Brasil, o minério de ferro é o quarto produto mais exportado, e o grande comprador é a China, com uma balança comercial de US$ 13,4 bilhões, relativa a todo o volume comprado do País.No recorte para Mato Grosso do Sul, o minério de ferro entra na lista de principais produtos exportados, além de celulose, carne bovina, farelo de soja e açúcar. Todos esses itens demonstraram sinais positivos na balança comercial do Estado.Segundo a Carta de Conjuntura do Comércio Exterior de MS, publicada de forma regular pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Corumbá é um local classificado como um dos principais portos para o setor de exportação estadual.Os dois portos fluviais da Capital do Pantanal e o porto de Ladário são destinados principalmente para transporte do minério de ferro.

Em termos de cenário global de exportações, a maioria dos produtos de MS é levada para o Porto de Paranaguá (PR), responsável por 41,57% do volume de cargas.Para o titular da Semadesc, Jaime Verruck, as condições de navegabilidade do Rio Paraguai só têm a oferecer uma oportunidade logística para Mato Grosso do Sul.Diferentemente de 2024, quando o rio atingiu baixo nível histórico em função da estiagem, neste ano, o nível vem se mantendo favorável, com 3,19 metros tendo sido registrados na quinta-feira. A cota comercial de navegação é de 1,5 m. Desde fevereiro deste ano, há boas condições para o uso da hidrovia.O acompanhamento sobre a movimentação comercial no Rio Paraguai tem uma ligação com as discussões em torno do processo de concessão da hidrovia do Rio Paraguai, projeto que está previsto para ser licitado em dezembro deste ano.“A logística fluvial mostra sinais de recuperação e reforça o papel estratégico dos portos sul-mato-grossenses localizados ao longo do Rio Paraguai.

A concessão da hidrovia do Rio Paraguai é fundamental para a economia sul-mato-grossense, pois destrava gargalos logísticos que hoje encarecem a produção mineral e agrícola”, defendeu Verruck em agenda.MOVIMENTAÇÃOO Ministério de Portos e Aeroportos também tem acompanhado de perto os dados ligados à hidrovia, bem como a movimentação de portos no País, incluindo os negócios feitos em áreas do interior, como é o caso de Corumbá e Ladário.O Ministério destacou, na quarta-feira, o aumento na movimentação de cargas no País no primeiro semestre deste ano, reunindo informações da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O minério de ferro ajudou nessa alavancada.“Responsável por 95% do comércio internacional brasileiro, os portos tiveram um crescimento de 2% na movimentação de carga de longo curso (importação e exportação). Entre os produtos mais transportados neste primeiro semestre estão o minério de ferro (190,5 milhões de toneladas e crescimento de 2,5% sobre o mesmo período do ano passado), óleo bruto de petróleo (104,1 milhões de toneladas e crescimento de 0,62%) e soja (93 milhões de toneladas e aumento de 5,2%)”, divulgou o Ministério de Portos e Aeroporto.A movimentação portuária em Mato Grosso do Sul foi de 4,3 milhões de toneladas entre janeiro e junho deste ano.

O Porto Gregório Curvo, que tem gestão da LHG Mining e fica na região de Porto Esperança, registrou 2,3 milhões de toneladas.Logo depois apareceu o terminal da Vetorial Logística, localizado entre Corumbá e Ladário, com 0,879 milhões de toneladas, seguido pela Granel Química Ltda., em Ladário, com 0,754 milhões de toneladas, e o terminal Itanhum (Porto Murtinho), com 0,370 milhões toneladas.Entre as cargas, o minério de ferro está consolidado no modal, com 3,8 milhões de toneladas transportadas pelos portos localizados entre Corumbá e Ladário. A soja, que se concentra em Porto Murtinho, teve volume de 0,370 milhões de toneladas transportadas.Entre janeiro e junho de 2024, quando o rio apresentava níveis abaixo de 1,5 m para navegação, a movimentação portuária chegou a 2,3 milhões de toneladas.@@NOTICIAS_RELACIONADAS@@.

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Adriano Monezi

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