Ex-delegado executado: presa é suspeita de transportar fuzil usado no crime

A mulher presa suspeita de envolvimento na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes teria sido responsável por transportar um fuzil utilizado pelos criminosos no dia da execução. A informação foi divulgada pelo secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, na manhã desta quinta-feira (18).
Segundo as forças de seguranças do estado, ela teria levado o armamento utilizado no crime em Praia Grande, na última segunda (15), em uma sacola para um homem no ABC Paulista.
Segundo apuração da CNN, a presa é Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos. Ela possui passagem criminal por tráfico de drogas e durante depoimento, teria dito que não sabia o que trazia dentro da sacola. A alegação no depoimento prestado na quarta-feira (17), no entanto, não convenceu a polícia.
Fontes ouvidas pelas reportagem confirmaram que a mulher é namorada de um dos suspeitos apontados como envolvido no crime.
Pouco depois do depoimento, a polícia pediu a prisão temporária da mulher, que foi decretada pela Justiça de São Paulo.
Por volta das 1h40 desta quinta, ela saiu algemada do DHPP e foi levada ao IML (Instituto Médico Legal) pra realização de exame de corpo de delito. Logo depois, foi conduzida até o 6º DP (Cambuci), onde está presa. A suspeita deve passar por audiência de custódia ainda nesta quinta. Veja o que disse Guilherme Derrite:
Temos a primeira prisão relacionada ao assassinato do Dr Ruy. Trata-se de uma mulher de 25 anos, presa temporariamente, responsável por levar da Praia Grande para a região do ABC um dos fuzis usados no crime. A polícia segue trabalhando para prender todos os envolvidos.
— Guilherme Derrite (@DerriteSP) September 18, 2025
De acordo com a SSP (Secretaria de Segurança Pública), as forças de segurança seguem mobilizadas para identificar e prender todos os envolvidos no crime. Além da mulher presa, testemunhas e familiares dos dois suspeitos já identificados pela execução também foram ouvidos.
Objetos que foram apreendidos durante o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão, na capital e na Grande São Paulo, estão em análise pericial.
O crime
O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo foi assassinado a tiros na noite de segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. Imagens de câmeras de segurança obtidas pela CNN mostram criminosos armados com fuzis durante a ação.
As imagens mostram que, ao tentar fugir, o carro da vítima foi atingido por um ônibus e capotou. Em seguida, os criminosos se aproximaram e realizaram a execução. Após o crime, os suspeitos fugiram.
A corporação confirmou que o ex-delegado não resistiu aos ferimentos após o ataque. Ruy Ferraz Fontes ocupava atualmente o cargo de secretário de Administração da Prefeitura de Praia Grande. Ele atuava contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e era considerado um dos principais inimigos da facção.
Linhas de investigação
Existem de três a quatro variantes de investigação sendo trabalhadas simultaneamente pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), com apoio do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais).
Uma das principais é a vingança de facções criminosas, em especial o PCC.
Ruy Ferraz foi responsável por mapear a estrutura do PCC nos anos 2000. Uma suspeita levantada é de que a ação possa ser obra da “Sintonia Restrita”, grupo de pistoleiros do PCC.
Outra linha de investigação é a possível ligação do crime com o trabalho de Fontes na Prefeitura de Praia Grande como secretário de Administração. A polícia afirmou que, na madrugada após o crime, muitas informações foram recebidas e serão checadas.
*Sob supervisão de Carolina Figueiredo
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