Caso Tagliaferro pressiona Itália por extradições

Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, foi detido e teve seu passaporte retido pela Justiça italiana nesta quarta-feira (1º). Segundo apuração do analista Pedro Venceslau, no CNN Arena, o caso adiciona uma nova dimensão à discussão sobre extradições entre Brasil e Itália, especialmente considerando a situação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que também aguarda decisão semelhante no país europeu.

Venceslau destacou que “o Brasil tem acordos de extradição com a Itália, mas, no fim das contas, essa é uma decisão mais política”, já que a palavra final cabe à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. O caso do Tagliaferro “se torna um elemento a mais de pressão na Justiça italiana”, explica o analista.

A situação tem gerado movimentações diplomáticas, com outros países europeus também se manifestando sobre o tema, especialmente no caso de Zambelli.

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“Carla Zambelli está na Itália e é uma personagem que faz parte hoje da cena política italiana”, afirmou Venceslau. Segundo apuração, o cenário político do país se divide em relação aos casos de extradição. Enquanto a ultradireita italiana se mobiliza contra os pedidos de extradição, a esquerda do país, em conjunto com outros setores progressistas europeus, posiciona-se favoravelmente às solicitações brasileiras.

A situação de Tagliaferro, embora restritiva, permite que ele permaneça em liberdade em território italiano, podendo se comunicar com aliados no Brasil e manter suas atividades, diferentemente de casos mais severos de detenção.

Os dois casos apresentam similaridades que podem influenciar mutuamente as decisões da justiça italiana, criando um precedente para futuras situações semelhantes nas relações entre os dois países.