Conversa entre Trump e Lula é boa para o agro

Conversa entre Trump e Lula é boa para o agro
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Foto: Divulgação Casa Branca

O gesto partiu de Donald Trump. Numa ligação de cerca de meia hora, o presidente americano telefonou a Luiz Inácio Lula da Silva para discutir o futuro das relações entre Brasil e Estados Unidos.

O tom foi amistoso e pragmático. Ao final, os dois trocaram telefones pessoaisum gesto raro, que sinaliza a intenção de manter contato direto e abrir uma nova fase de diálogo entre as maiores economias do continente.

Lula aproveitou a conversa para pedir a retirada das tarifas adicionais e das sanções aplicadas por Washington a autoridades brasileiras, classificando-as como um obstáculo político que não contribui para o fortalecimento da parceria bilateral. Trump ouviu o pedido com atenção e respondeu que “os dois países têm muito a ganhar se voltarem a cooperar”.

O telefonema representa um recomeço

Mesmo com estilos distintos, Lula e Trump parecem entender que Brasil e Estados Unidos se complementam, não se competem:

  • O Brasil é potência em alimentos, energia e minerais, elementos que sustentam a economia americana.
  • Os Estados Unidos são líderes em tecnologia, inovação e capital, pilares que impulsionam o desenvolvimento brasileiro.

Essa combinação faz das duas nações parceiros naturais, cuja cooperação pode gerar ganhos concretos para o comércio, o agronegócio e o investimento produtivo.

A iniciativa de Trump foi interpretada como um sinal de reaproximação

Para os americanos, o Brasil é um mercado de consumo e estratégico para suas empresas; para o Brasil, a relação com os EUA é porta de acesso à tecnologia e crédito mais competitivo.

O pedido de Lula sobre as sanções têm um peso simbólico: ele coloca a diplomacia acima das divergências ideológicas e busca reconstruir a confiança.
Ao trocar contatos pessoais, ambos os líderes demonstram que querem falar diretamente, sem intermediários e sem ruído político.

Para o agronegócio, a notícia é positiva: a retomada do diálogo pode reduzir incertezas, atrair investimentos e abrir novos canais de exportação, especialmente em biocombustíveis, proteínas, café e grãos processados.

A conversa também resultou em um acordo preliminar:

  • Lula deverá visitar Washington nos próximos meses, e Trump planeja vir ao Brasil,  uma vez que foi convidado por Lula, inclusive para sua vinda para a COP30.
  • As duas visitas devem servir para assinar acordos de cooperação em energia limpa, bioeconomia e infraestrutura logística, setores de interesse mútuo.

O telefonema e a troca de números pessoais mostram que as pontes entre Brasil e Estados Unidos podem ser reconstruídas quando o interesse nacional fala mais alto que a ideologia.
Ao pedir o fim das sanções e propor uma agenda de cooperação, Lula sinaliza pragmatismo, e Trump, reciprocidade.

Se ambos mantiverem o tom e concretizarem as visitas, a reaproximação poderá marcar o início de um novo ciclo de prosperidade continental, com reflexos diretos no campo, na indústria e na economia real.

Em tempos de fragmentação global, ver dois líderes opostos se entenderem pelo telefone é mais do que diplomacia, é um raro ato de lucidez política.

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*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural


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