Abertura da Mostra SP soma delicadeza de Euzhan Palcy, emoção de Mauro de Sousa e simpatia de Kaufman ao pesadelo infernal de “Sirât”

Abertura da Mostra SP soma delicadeza de Euzhan Palcy, emoção de Mauro de Sousa e simpatia de Kaufman ao pesadelo infernal de “Sirât”

Foto: Euzhan Palcy © Andrea Felizolla/Agência Foto

Por Maria do Rosário Caetano

A noite inaugural da quadragésima-nona Mostra Internacional de Cinema de São Paulo somou a emoção dos homenageados – a cineasta afro-martinicana Euzhan Palcy e Maurício de Souza, representado pelo filho Mauro – à simpatia de Charlie Kaufman e das atrizes de “Sirât”, Jade Oukid e Stefania Gadda. Elas preferiram não prevenir o público sobre o que ele veria a seguir. O longa espanhol, o grande convidado da noite, vem polarizando opiniões por onde passa. Afinal, trata-se de narrativa destinada a quem tem nervos de aço.

Euzhan Palcy, ao agradecer o Troféu Humanidade, fez questão de registrar que seus filmes “Não são negros. Não são brancos. São universais”. E de lembrar aos espectadores que eles têm “em suas mãos a vida de um filme, a carreira de um cineasta”.

Mauro de Sousa, que interpreta o pai em cinebiografia, cuja première acontecerá na Mostra, relembrou, em lágrimas, a trajetória do criador da Turma da Mônica, recolhido em casa, aguardando a chegada de seus 90 anos, a se completarem no próximo dia 27.

Os 1.498 espectadores que lotaram a Sala São Paulo aplaudiram, calorosamente, à vibrante vinheta da Mostrinha. Ela aglutina, com muitas cores e movimentos, a passagem (rumo ao cinema?) de quase 30 personagens do quadrinista. O dinossauro Horácio, tido como alterego de seu criador, abre a caminhada, mas logo veremos Mônica perseguindo (com seu coelho azul) o Cebolinha, e atrás, aglomerados, toda a trupe mauriciana. E Horácio na rabeira.

O roteirista norte-americano Charlie Kaufman, de 66 anos, baixinho, subiu ao palco da Sala São Paulo acompanhado de Eva H.D., bem mais alta que ele. Juntos, apresentaram “Como Fotografar um Fantasma”. Ele avisou que não falava português, mas fez questão de ler, com sotaque, mas com límpida clareza, algumas palavras na língua de Camões. Foi aplaudidíssimo pelo gesto.

Dessa vez, para narrar a história de dois jovens recém-falecidos que se encontram, em clima fantasmagórico, claro, nas ruas gregas de Atenas, Kaufman filmou roteiro alheio. Da própria Eva, igualmente bem-humorada. Ela disse, em português e com acentuado sotaque, que fazia dela todas as palavras ditas pelo parceiro. Kaufman, nunca é demais lembrar, escreveu roteiros que geraram filmes cultuados como “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”, que lhe rendeu um Oscar, “Adaptação” e “Quero Ser John Malkovich”.

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Kaufman e Eva H. D. © Andrea Felizolla/Agência Foto

Depois do filme de Charlie e Eva, iniciou-se o encontro do público com “Sirât”. Renata Almeida, diretora da Mostra e apresentadora da cerimônia inaugural (ao lado de Serginho Groisman), até que deu discreta pista do que estava por vir. Ela fez questão de decifrar o vocábulo árabe escolhido por Oliver Laxe e seu co-roteirista Santiago Fillol para nominar o filme. Que, em alguns lugares, recebeu o subtítulo “Uma Viagem Hipnótica pelo Fim do Mundo”.

Sirât significa “caminho, trilha, estrada ou jornada”. Renata foi (ainda) mais enfática: “me explicaram que é uma ponte, fina como um fio de cabelo, que leva ao inferno”.

E aí, começou a travessia. Em frente a um paredão montanhoso, de tons rosa-carne, em pleno deserto marroquino, uma multidão participa de uma ‘rave’. Luis, um pai (o maravilhoso Sergi López, em desempenho notável), tenta localizar, ao lado do filho pré-adolescente (Bruno Nuñez) e de sua inseparável cachorra, a filha desaparecida há cinco meses. O que se viu, ou melhor, o que se ouviu – com a exuberância sonora da Sala São Paulo – foi avassalador. Corpos – um deles com uma haste metálica no lugar da perna-pé, outro, sem a mão – dançam em estado de transe.

Ao buscar informações sobre a filha, Luis saberá que ela pode estar em outra ‘rave’. Na Mauritânia. É para lá que irão os companheiros da (futura) viagem do pai desesperado e do filho que ama sua cachorrinha (e que, aberto ao perigo, até se divertirá com o início da acidentada viagem deserto adentro).

Do que virá a seguir, nada se pode revelar. “Sirât” é um thriller impactante e surpreendente. Nunca imaginamos o que vai acontecer. Claro que, inicialmente — como é de praxe em tantos filmes de travessia de deserto já assistidos — supomos que a trupe de protagonistas sofrerá muita sede e fome. Dessa vez, os protagonistas passarão por experiências ainda mais terríveis e impressionantes. Daquelas que nos deixam com os nervos em frangalhos.

“Sirât”, que tem os irmãos Almodóvar (Pedro e Agustin) como produtores, quase conquistou a Palma de Ouro de melhor filme em Cannes, em maio último. Deparou-se, porém, com dois concorrentes peso-pesado – o iraniano “Foi Apenas um Acidente”, de Jafar Panahi, e o brasileiro “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho. O vencedor foi o filme de Panahi, que a França assumiu como seu a ponto de indicá-lo ao Oscar de melhor produção internacional. O longa de Oliver Laxe, realizado em parceria com a mesma França (o filme traz personagens franceses e tem alguns diálogos no idioma dos Irmãos Lumière) ficou com o Prêmio do Júri, uma espécie de Palma de Prata. O filme de KMF empalmou dois troféus – melhor diretor e melhor ator (para Wagner Moura).

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As atrizes de “Sirât”, Jade Oukid e Stefania Gadda © Mario Miranda Filho/Agência Foto

O longa-metragem de Oliver Laxe foi lançado em junho, na Espanha, e tornou-se um grande êxito de bilheteria. Causou sensação. Em setembro, estreou na França. Fez sucesso de público acima da média (vendeu 559 mil ingressos). Foi indicado como representante da pátria de Buñuel-Saura-Almodóvar ao Oscar internacional. Mas não conseguiu unanimidade de crítica (que filme consegue?).

Na capital da cinefilia, Paris, recebeu cinco (ou quatro) estrelas da maioria dos analistas. Da revista Positif, do comunista L’Humanité, do Les Inrock, da Bande à Part, do Libération, do Le Monde etc. etc. Já dois veículos – a Cahiers du Cinéma e Marianne – o classificaram com uma mísera estrela.

Para Élie Raufaste, da Cahiers, é possível resumir “o projeto estupidamente teórico do filme”, que consiste em “encontrar, no arrepio empático, o equivalente ao ‘drop’ (clímax sonoro), esse ponto estático característico da música eletrônica”.

Já o crítico de Marianne, Olivier De Bruyn, foi ainda mais explícito e incisivo. Depois de usar — entre aspas! — expressões recorrentes em textos de defensores do filme (“transe”, “fiction trip”, “experiência sensorial definitiva”), ele avisou que fechava fileira com os críticos que viram “Sirât” como “um monumento de exibicionismo e esnobismo”. E preveniu o público: “A escolha é sua… desde que você goste de sofrer”.

No Brasil, o crítico Alysson Oliveira (Cineweb), ao término da cabine de “Sirât”, fechou fileiras com os detratores de Laxe: “Se Haneke tivesse 20 e poucos anos, usasse drogas alucinógenas e quisesse fazer um remake de ‘Mad Max’ seria basicamente algo parecido a esse filme em seu sadismo, seu vazio e sua incapacidade de figurar o presente para além do óbvio, com seu orgulho de abraçar o privilégio europeu”.

Na saída da sessão inaugural da Mostra, muitas vozes, ainda sob o impacto dos 115 minutos de narrativa, expressaram espanto (positivo!). Outros mostravam certa perplexidade. Realmente, “Sirât” não é para todo os gostos. A Mostra SP fez muito bem em abrir sua edição 2025 com esse torpedo nitroglicerina pura.

Hão de gostar dele aqueles que buscam narrativas surpreendentes, emoções fortes, atores (profissionais e não-profissionais) entregues até a medula a seus personagens. E, acima de tudo, uma banda sonora (e não nos referimos apenas ao uso da música techno) poucas vezes vista (ou melhor, ouvida) no cinema. Algo que se assemelha ao que vimos (ouvimos) em “Vá e Veja” (1984), do soviético Elem Klimov, hoje considerado um dos maiores filmes de guerra do mundo. Um torpedo cinematográfico cuja banda sonora rompeu paradigmas.

Muitos têm definido “Sirât” como “um Mad Max alternativo”. Ele vai além do tonitruante épico futurista. Tem parentesco, em seu projeto de thriller road movie, com “Salário do Medo” (Clouzot, 1950, Palma de Ouro em Cannes) e outros filmes que, fincados no tempo presente, tentam radiografar o mal-estar contemporâneo.

O filme é eurocentrista?

Quem são os protagonistas retirados da gigantesca ‘rave’ no deserto do Marrocos, país afro-árabe do Magreb e ex-colônia da França?

Para fins narrativos, os dois roteiristas isolaram em seu onipresente time de protagonistas, personagens de origem espanhola e francesa. Dois deles têm mutilações corporais. E carregam, tudo indica, grandes perdas físicas e existenciais. Buscam aventura radical e, em transe, dançar até o êxtase catártico.

Luis, o pai que procura a filha, mais velho que os cultores das ‘raves’, vai parar naquela (bad) fiction trip por razões totalmente diferentes. Não passa de um obstinado pai de família, vestido de forma costumeira, que deseja recompor seu núcleo familiar. Seu desejo consiste em encontrar e reconduzir a jovem filha ao lar e seguir, em padrões burgueses, a vida que tem (teria) pela frente.

Os povos afro-árabes são mostrados de forma negativa?

Não. A única interação possível (com um jovem pastor de cabras) nem se concretizará. No desfecho (quase) apocalíptico, todos são passageiros de um tempo de aflições, marcado por profundas cicatrizes espirituais (e físicas). Mesmo que haja um “rayto de sol” no horizonte. Aquele “rayto” que os produtores de Federico Fellini tanto imploravam ao genial diretor peninsular.

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Mauro de Sousa com o troféu em homenagem a seu pai © Mario Miranda Filho/Agência Foto

MARTINICA, APARTHEID E ZOUK – Três filmes ficcionais de Euzhan Palcy foram programados pela Mostra. Um deles – “Rua Casas-Negras” – é imperdível. Por sua inteligência, personagens fascinantes, diálogos espertos e por nos revelar realidade que desconhecemos (a vida de trabalhadores afro-martinicanos, que viviam do corte da cana). E tudo temperado pela ternura e dedicação de uma avó, Amantine (Darling Légitimus, então com 76 anos), melhor atriz em Veneza, em 1983, por seu magnífico desempenho. E pelas aprontações do menino José (Garry Cadenat), uma força da natureza. De sorriso largo, vivacidade única e capaz de todas as traquinagens. E de fazer redações que deixam seus professores, colegas (e o público) em estado de encantamento.

Os outros dois longas de Palcy merecem visão ou revisão – “Assassinato sob Custódia”, que ela realizou na África do Sul (filmagens no Zimbábue, pois o regime do apartheid não queria saber de obra tão crítica), e “Simeón”.

“Rua Casas-Negras” (Rue Cases-Nègres) revelou Euzhan Palcy ao mundo do cinema, quando ela contava 20 e poucos anos. A jovem realizadora buscou a matriz de seu filme no romance homônimo, de Joseph Zobel (1915-2006). E foi, com seu primeiro longa-metragem, selecionada para o Festival de Veneza. Saiu de lá com quatro prêmios – um Leão de Prata como “melhor filme de diretora estreante”, com o troféu Cola Volpi para sua principal personagem feminina, Vovó Ma’Tine (Amantine), o OCIC (Prêmio do Ofício Católico de Cinema) e o Prêmio Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância e Juventude). No ano seguinte conquistaria o César, o Oscar francês, de melhor filme de realizador estreante.

A trama de “Rue Cases-Nègres” é das mais envolventes. Durante 103 minutos, seremos transportados à década de 1930, para convivermos com histórias dos moradores que vivem do corte da cana, matéria-prima do acúcar. O espaço que dá título ao filme fica às margens de um canavial, nas cercanias de pobre vilarejo martinicano, no Caribe.

Os adultos trabalham, e muito, por remuneração miserável. Os meninos brincam e aprontam todas. Um deles José, de 11 anos, vive com a velha avó. Não tem mãe, nem pai. Conta somente com o carinho de alguns colegas de escola, do griot Medouze (Douta Seck), que lhe conta histórias das quais jamais esquecerá, e de Vovó Ma’Tine. A amantíssima senhora, tudo faz para que José estude e fique livre do serviço brutal dos canaviais. De inteligência privilegiada, mas muito inquieto, ele contará, também, com a ajuda de um professor, que logo perceberá os dons do discípulo para a atividade intelectual. Por isso, ajudará a velha Ma’Tine a conseguir bolsa para que o menino possa seguir seus estudos em Fort De Prince, capital da Martinica.

A bolsa de estudos, porém, não resolverá tudo. Há taxa de matrícula e outros gastos. Ma’Tine não desistirá. Disposta a todos os sacrifícios para que o neto tenha acesso a uma boa educação, ela encontrará soluções para cada novo desafio.

Além de registrar a luta da avó para que o neto seja alguém na vida, o filme desenhará duro retrato das condições de trabalho e das relações do colonizador (no caso, homens brancos franceses) com os martinicanos. E simbolizará em Leopold, menino mestiço e grande amigo de José, outro tema essencial ao filme (a complexa relação entre os europeus e os afro-americanos). O garoto é filho de pai branco, oriundo da metrópole, e de mãe negra. O francês mantém confortável lar em solo martinicano, que divide, quando pode, com a companheira ilhenha e o filho. Mas na hora de tomar decisão essencial ao futuro de Leopold, a discriminação se imporá de forma brutal.

Ao vermos (ou revermos) “Rue Cases-Nègres”, realizado há mais de 40 anos, somos tocados por cinema que emociona e, por sorte, foge do politicamente correto e da simplificação dos personagens. José e seus colegas são meninos como milhares de outros. Jogam pedra, colocam fogo num casebre, fazem coisas erradas e até se embriagam com algumas doses de rum. São gente de carne e osso, sangue e sonhos.

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“Rue Cases-Nègres”, de Euzhan Palcy

O sucesso de Euzhan Palcy e de seu filme de estreia foi tão grande que ela conseguiu, ao estruturar seu segundo longa-metragem — “Assassinato sob Custódia (“A Dry White Season”, 106 minutos) –, orçamento robusto, se comparado com o de “Cases-Nègres”. E elenco recheado de astros internacionais. O maior de todos eles, Marlon Brando, que interpreta Ian McKenzie, um advogado progressista. Coube ao canadense Donald Sutherland, o papel de protagonista, o professor Ben du Toit, muito bem casado e pai dedicado de uma moça e um garoto muito sensível. A atriz Susan Sarandon, espécie de Vanessa Redgrave estadunidense, interpreta combativa jornalista anti-apartheid, e Janet Suzman incorpora Susan, a esposa de Mister du Toit. E num papel apavorante, o alemão Jürgen Prochnow (Capitão Stolz).

O que teria levado uma realizadora negra, nascida na Martinica, que estreara com narrativa de raízes fincadas em seu território de origem, a trabalhar com elenco anglo-saxão, branco e de fama planetária?

Antes de qualquer julgamento, há que se lembrar que o filme se passa na África do Sul e que há atores de origem africana em papéis importantes. Em especial, Zakes Mokae (Stanley Mathaya) e o casal Ngubene. Ele, Gordon (Winston Ntshona) e ela, Emily (Thoko Ntshinga).

Como Palcy baseou-se, em seu segundo filme, no livro “A Dry White Season”, de André Brink, ela, decerto, acreditou que, com elenco que incluísse Marlon Brando, conseguiria dialogar com plateias bem maiores que as conquistadas por “Rue Cases-Nègres”. No que acertou.

O filme, seus astros e impacto pesaram, decerto, na escolha de seu nome para Oscar honorário, que ela receberia (tardiamente) das mãos de Viola Davis, em 2022. De suas realizações, “Assassinato sob Custódia” foi o único a receber distribuição mundial e encontrar espaço no streaming.

“A Dry White Season” (literalmente “Uma Estação Branca e Seca”) acompanha a trajetória de Ben du Toit, um professor branco que sempre viveu protegido dos horrores do apartheid sul-africano. A situação irá transformar-se quando episódio marcado pela arbitrariedade e violência do regime segregacionista atingir em cheio a família de seu jardineiro negro. Finalmente, Du Toit acordará para as razões que justificam os protestos no gueto de Soweto.

O professor que acreditava que a Polícia (racista) poderia ter lá suas razões, iniciará, então, um processo de autocrítica. E descobrirá o que estava por trás de tanta brutalidade, de tantos assassinatos. Acabará por transformar-se em voz radical contra o apartheid. Romperá com amigos, vizinhos e até mesmo com parte de sua família. Embora o filme se construa com narrativa clássica, sem o frescor de “Rua Casas-Negras”, e com brancos como protagonistas, há que se registrar que o roteiro é complexo e, em certa medida, ousado. Afinal, instala a cizânia entre os próprios integrantes da família do protagonista branco.

“Siméon”, o mesmo conhecido dos filmes de Euzhan Palcy, se passa também fora da Martinica. Como não faz “cinema negro, nem branco, mas universal”, a realizadora abraçou “nova geografia”.

Numa pequena vila das Índias Ocidentais, vivem Siméon, um professor de música, e Isidore, seu discípulo mais talentoso, mecânico por necessidade e guitarrista por vocação. Os dois compartilham um sonho (quase) impossível: colocar sua ilha no mapa mundial da música com o zouk, ritmo típico da Martinica. Orélie, filha de dez anos de Isidore, ajudará o pai nessa jornada, ao trazer Simeón de volta à vida. O faz depois que o professor, adepto inveterado do consumo de rum, sofre acidente ao tentar alcançar a lua cheia.


Fonte: https://revistadecinema.com.br/2025/10/abertura-da-mostra-sp-soma-delicadeza-de-euzhan-palcy-emocao-de-mauro-de-sousa-e-simpatia-de-kaufman-ao-pesadelo-infernal-de-sirat/

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