Maduro acusa EUA de travar “guerra silenciosa” contra Venezuela

O líder venezuelano, Nicolás Maduro, pediu vigilância em meio ao aumento das tensões com os EUA e à avaliação, pelo presidente americano Donald Trump, de opções para uma ação militar no país sul-americano.

No bairro de Petare, na zona leste de Caracas, apoiadores do regime se reuniram para assistir ao discurso de Maduro, em que ele acusou os EUA de travar uma “guerra criminosa” contra a Venezuela.

Ele afirmou que os venezuelanos não querem ser “escravos de gringos” que destruiriam a bandeira nacional e que a maioria está “preparada para defender este país com honra e amor”.

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Em inglês, Maduro disse que os venezuelanos estão nas ruas clamando por “paz”. “A força do país sempre será a do povo e não a dos oligarcas ou dos imperialistas”, declarou.

Maduro condenou os exercícios militares americanos recentemente anunciados, que começarão em Trinidad e Tobago no domingo, classificando-os como “irresponsáveis”.

“O povo de Trinidad e Tobago verá se eles continuarem permitindo que suas águas e terras sejam usadas para ameaçar gravemente a paz do Caribe”, disse ele.

Enquanto isso, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, convocou os apoiadores de Maduro a se unirem ao movimento contra o regime.

“O clamor desta terra que exige liberdade cresce e ecoa dentro e fora do país. Trinta milhões de nós nos levantamos contra um regime criminoso que está em queda”, disse Machado, escondida em um local não divulgado.

Em uma mensagem de voz enviada pelo aplicativo X para membros das forças armadas e de segurança, Machado argumentou que “absolutamente ninguém precisa de um caminho de redenção” mais do que os apoiadores de Maduro.

“A história, a lei e o povo venezuelano serão seus juízes”, afirmou.

“Seja um herói, não um criminoso. Seja motivo de orgulho e não de vergonha para sua família. Faça parte do futuro brilhante da Venezuela, não da ruína que a tirania criou à medida que este dia se aproxima.”

Machado, que se escondeu após uma eleição contestada no ano passado, saudou as ações dos EUA como um corte no apoio ao regime de Maduro.

Ela também acusou Maduro de transformar a Venezuela em “uma ameaça real à segurança nacional dos Estados Unidos”.