Etanol de milho representou 6,7% da produção do biocombustível desde o início da safra

Foram produzidos desde o início do ciclo até o fim da primeira quinzena de janeiro 1,98 bilhão de litros de etanol a partir do milho, um crescimento de 72,9% na comparação com o mesmo período da safra passada

A produção de etanol a partir do milho predominou na primeira quinzena de janeiro, já que quase todas as usinas de cana estão paradas por causa da entressafra da cultura, e no acumulado da safra 2020/21 já representou 6,7% da fabricação total de etanol, segundo dados da União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica).

Foram produzidos desde o início do ciclo até o fim da primeira quinzena de janeiro 1,98 bilhão de litros de etanol a partir do milho, um crescimento de 72,9% na comparação com o mesmo período da safra passada. Apenas na última quinzena o volume foi de 115,1 milhões de litros, ante 125 milhões de litros produzidos no total (contando das usinas de cana).

Levantamento da Unica mostrou que, na primeira metade do mês, estavam em operação na quinzena três usinas processadoras de cana, cinco unidades exclusivamente de milho e outras duas que estavam processando ambas as matérias-primas.

“No período de entressafra deverá prevalecer a oferta de etanol a partir do milho e o uso do estoque nos produtores, dado que o início da colheita de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deverá acontecer somente no final do primeiro trimestre”, disse Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica.

Em sua avaliação, “teremos um menor número de unidades em operação em março, com início mais concentrado no mês de abril, devido ao impacto da estiagem no desenvolvimento da cana”.

No acumulado da safra, a produção total de etanol alcançou 29,42 bilhões de litros (9,62 bilhões de anidro e 19,80 bilhões de hidratado), uma queda de 8,75%. Já a fabricação de açúcar somou 38,19 milhões de toneladas, 11,7 milhões de toneladas a mais do que na safra passada.

Ainda de acordo com o diretor da Unica, a produção de etanol e de outros biocombustíveis permitiu a geração de 18,7 milhões de Créditos de Descarbonização (CBios) em 2020. Neste ano, o estoque de CBios já supera 5,5 milhões de títulos. “A oferta prevista para 2021 deve ultrapassar significativamente a meta estabelecida para este ano”, atestou Padua.

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