sábado, novembro 9, 2024
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Variante da COVID-19 é detectada em Pontes e Lacerda e em mais 22 municípios de MT

Oito variantes do coronavírus foram detectados em Mato Grosso, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT). A análise recebeu 52 amostras de 23 municípios de diferentes regiões do estado, de casos notificados no IndicaSUS e de pacientes em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Do total analisado, 24 pacientes morreram.

Análises da secretaria apontam a existência das seguintes variantes: B.1.1, B.1.1.28, B.1.1.332, B.1.206, B.6.7, N.9, P.1 e P.2.

As mutações foram identificadas nos seguintes municípios:

 

  • Aripuanã
  • Barra do Garças
  • Cáceres
  • Campo Novo dos Parecis
  • Chapada dos Guimarães
  • Comodoro
  • Cuiabá
  • Curvelândia
  • Feliz Natal
  • Indiavaí
  • Jangada
  • Marcelândia
  • Nossa Senhora do Livramento
  • Nobres
  • Nova Lacerda
  • Nova Olímpia
  • Pontes e Lacerda
  • Poconé
  • São José Quatro Marcos
  • Tangará da Serra
  • Tapurah
  • Várzea Grande
  • Vila Bela da Santíssima Trindade

Conforme acompanhamento genômico da Fiocruz, cerca de 92% das amostras avaliadas apontavam para a variante P1, que é a que passou por Manaus.

“Temos relatos de algumas novas variantes, inclusive a da Índia, que pode estar chegando no estado e isso traz uma preocupação extra, porque ainda não sabemos como vai ser o comportamento dela”, disse o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica da Fundação Oswaldo Cruz (Icivt/Fiocruz), Diego Xavier.

variante P1, segundo Diego, é considerada “extremamente perigosa”.

“Tudo isso atrapalha bastante o nosso controle, é só olharmos o que aconteceu em Manaus. Tínhamos outras variantes circulando, e a partir de novembro teve uma entrada da P1 que dominou toda a transmissão e o reflexo disso foi a situação caótica que vimos”, avaliou.

 

Ele disse ainda que as variantes costumam surgir em locais em que há descontrole total da pandemia.

“Em locais em que esse controle é observado, não há a ocorrência frequente de novas variantes. Dito isso, se mantivermos a doença fora de controle, com taxa de contágio extremamente alta, a probabilidade de que ocorra uma nova variante e ela seja ainda mais agressiva aumenta”, explicou.

Segundo Diego, as recomendações de biossegurança continuam as mesmas para tentar diminuir a curva de contágio e controlar a situação.

 

“É muito perigosos ignorar o vírus achando que a doença passou, porque o surgimento de novas variantes podem trazer uma complicação extra”, pontuou.

 

A SES-MT informou que as variantes encontradas no estado são as mesmas que circulam em outros estados do Brasil, e que não é possível mencionar a origem de cada uma delas.

Fonte: G1 MT

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