Casos de malária em MT têm queda de 67% após fechamento de garimpos ilegais, diz secretaria

Os casos de malária tiveram uma redução de 67% após o fechamento de garimpos ilegais em Mato Grosso. Os números foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).

No primeiro trimestre do ano passado, foram registrados 717 casos da doença e mais de 80% deles foram em áreas de garimpo. Já neste ano, os casos caíram para 234 registros.

Pontes e Lacerda liderou o ranking dos municípios com maior número de casos de malária nos últimos dois anos. Mas neste primeiro trimestre, foi a região que apresentou a maior queda nos números da doença, com cerca de 65% de redução.

Em 2021, foram realizadas cinco operações de fechamento de garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé. Para o professor e médico do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), Cláudio Marinho, o desmatamento deve ser combatido para ajudar a controlar a proliferação da malária.

“Toda vez que eu entro na floresta e a desmato, as pessoas vão entrar em contato com o mosquito que transmite essa doença e que irá se propagar. Por isso que uma das maneiras de controlar a doença é combater o desmatamento, não só por garimpo”, explicou.

A malária é uma doença infecciosa que causa febre, calafrios, dor de cabeça e vômito. O Hospital Universitário Júlio Muller é referência neste tipo de enfermidade no estado.

Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Marlene da Costa Barros, o exame pode ser feito nas unidades de saúde para constatar se está ou não com a doença.

“Todas as pessoas com sintomas, com suspeita ou que estiveram em local com alta transmissão de malária devem realizar um exame, que é ofertado nas unidades de saúde. Se comprovada a doença, irão receber os medicamentos para dar início ao tratamento, sendo disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, disse.

Segundo ela, as principais formas de prevenção são os cuidados básicos.

“As principais medidas de proteção é usar repelente, usar roupas que protejam braços e pernas”, orientou.

A vacina contra malária está disponível apenas na África do Sul, onde 1 milhão de crianças já foram vacinadas. No Brasil, ainda não há previsão para a aplicação.

Os medicamentos usados no tratamento da doença são fornecidos aos 16 escritórios regionais da SES, que realizam a distribuição dos fármacos aos municípios.

Fonte: G1-MT

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