Garimpeiro morto em confronto com PRF e Ibama na Terra Yanomami era chefe de facção e foragido
Sandro Moraes de Carvalho comandava facção que domina garimpos na Terra Indígena Yanomami. Além dele, outros três morreram após atirar contra agentes da PRF e fiscais do Ibama em ação de repressão ao garimpo no território.
Um dos quatro garimpeiros mortos em confronto com agentes da Polícia Rodoviária Federal e Ibama na Terra Yanomami se chamava Sandro Moraes de Carvalho e tinha 29 anos. O g1 e Rede Amazônica apuraram que ele era chefe de uma facção criminosa que comanda áreas de exploração ilegal no território – são os chamados “garimpeiros faccionados“.
Conhecido na facção como “Presidente”, o criminoso também era foragido da Justiça do Amapá, onde responde a processo por roubo qualificado.
Sandro e outros comparsas atacaram a tiros equipes da PRF e Ibama durante fiscalização na região de garimpo conhecido como “Ouro Mil”, dentro do território, na região de Waikás, onde há forte atuação de invasores e grupos criminosos.
“Houve confronto na ação de domingo e quatro garimpeiros morreram, entre eles um foragido da Justiça no Estado do Amapá. Agentes federais apreenderam onze armas com criminosos”, informou o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
Os outros três garimpeiros mortos ainda não foram identificados. Os corpos estão no Instituto Médico Legal, em Boa Vista. O governo do estado, responsável pela unidade, não divulgou a identidade dos criminosos, como ocorre em outros casos, alegando que o caso é responsabilidade da Polícia Federal.
Além disso, a apuração da Rede Amazônia e o g1 indicam que, em Roraima, o garimpeiro faccionado Sandro Moraes de Carvalho era uma das principais lideranças da facção de origem paulista, principalmente nas regiões de garimpo na Terra Yanomami onde o grupo criminoso possui controle de maquinários, extração de minérios como ouro e cassiterira, e toda atividade ilegal.
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