Parlamentares de MT apostam em Trump para ‘livrar’ Bolsonaro
Bolsonaristas de Mato Grosso seguem apostando na tese de que o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, pode ajudar condenados por atos golpistas de 8 de janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a se livrar de acusações e recuperar direitos políticos para disputar as eleições em 2026.
Um deles é o senador por Mato Grosso Wellington Fagundes (PL), que, nesta segunda-feira (27), afirmou que irá “trabalhar duro” para consolidar o plano que aliados e integrantes da extrema-direita arquitetam para um futuro próximo.
“O meu papel nesse ano é começar a trabalhar fortemente o projeto da Anistia, principalmente agora com a eleição do Trump nos Estados Unidos. Tem influência sim. O presidente Trump vai buscar fazer com que a anistia esteja presente. Aqui e lá são similar”, disse ao programa Tribuna (rádio Vila Real 98.3).
Trump foi empossado presidente dos EUA no dia 20 de janeiro. A deputada federal por Mato Grosso Coronel Fernanda (PL) e outros congressistas brasileiros da frente bolsonarista viajaram até os EUA para prestigiar o evento.
No entanto, todos eles ficaram fora do local de honra da cerimônia, na Rotunda do Capitólio. Com isso, tiveram que assistir à cerimônia de forma remota, ou seja, pela TV, no saguão do hotel em que estavam hospedados.
Aliados do ex-presidente apostam que a garantia da interferência americana na política brasileira teria sido dada pelo próprio Trump e ocorreria em três frentes distintas. A primeira ação seria simbólica e miraria o STF. Segundo um assessor de Bolsonaro, os Estados Unidos cancelariam o visto dos onze ministros, sob o argumento de que eles estariam colaborando para a desordem democrática. A segunda, de caráter econômico, incluiria criar dificuldades e até impor sanções a negócios brasileiros.
Em outra frente, mais radical, o governo americano solicitaria o congelamento de contas e ativos que autoridades nacionais porventura mantenham no exterior.
Foto capa: Alan Santos / Fotos Públicas