Cinco dias após feminicídio de Vanessa, Casa da Mulher ganha gerente

Casa da Mulher Brasileira tem uma nova chefe para o ano de 2025.Iacita Terezinha Rodrigues de Azamor Pionti é a nova gerente Casa da Mulher Brasileira, da Secretaria-Executiva da Mulher, a contar de 2 de janeiro de 2025.A nomeação ocorre cinco dias após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos. A Casa da Mulher estava sem chefia há 49 dias, desde o início de mandato da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP).A designação foi publicada em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) nesta segunda-feira (17).Confira o trecho redigido no Diogrande:ADRIANE BARBOSA NOGUEIRA LOPES, Prefeita de Campo Grande, Capital do Estado de Mato Grosso do Sul, no uso de suas atribuições legais, resolve: DESIGNAR IACITA TEREZINHA RODRIGUES DE AZAMOR PIONTI, matrícula n. 434787, para desempenhar a função de Gerente da Casa da Mulher Brasileira, da Secretaria-Executiva da Mulher, com efeito a contar de 2 de janeiro de 2025.Iacita Terezinha, gerente Casa da Mulher Brasileira. Foto: divulgação/InstagramIacita é advogada, pós-graduada em direitos humanos e políticas públicas para as mulheres e especializada em direito trabalhista e sindical.É ex-presidente da Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS). Ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres de Mato Grosso do Sul e, atualmente, é presidente do Conselho Municipal dos direitos da Mulher de Campo Grande (MS).CASO VANESSA RICARTEJornalista, Vanessa Ricarte, de 42 anos morreu esfaqueada pelo noivo, Caio Nascimento, de 47 anos, em 12 de fevereiro de 2025, no Jardim São Bento, em Campo Grande.Ela foi socorrida e encaminhada ao Hospital Santa Casa, passou por cirurgia, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu. Horas antes de morrer, Vanessa solicitou medida protetiva contra o autor na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM). Em seguida, voltou para casa e foi morta com golpes de faca.De acordo com o Ministério das Mulheres, o percurso de Vanessa até sua casa não poderia ter ocorrido sem a escolta da Patrulha Maria da Penha, segundo o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.O feminicídio escancara uma série de falhas do poder público de Mato Grosso do Sul no enfrentamento da violência contra mulher, mostrando que medidas precisam ser tomadas e o modelo de atendimento à mulher vítima de violência precisa ser reformulado.Caio está preso na DEAM e diz estar “muito mal pelo o que aconteceu”. Caio é músico, pianista e aparenta ser um “homem de Deus” nas redes sociais, tocando e cantando músicas evangélicas. Eles namoravam há 4 meses e moravam juntos. Ele tem passagens pela polícia por roubo, tentativa de suicídio, ameaça e violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.A jornalista morreu quatro dias antes de seu aniversário. Ela era assessora de imprensa do Ministério Público do Trabalho (MPT) e se formou em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).@@NOTICIAS_RELACIONADAS@@ ONLY AVAILABLE IN PAID PLANS
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