Ação do Gaeco interdita local com merenda escolar estragada e vencida em MS

Encarregada de fornecer merenda escolar para prefeituras do interior de Mato Grosso do Sul, uma empresa de Campo Grande foi interditada na terça-feira (18) após vistoria encontrar no local alimentos estragados e vencidos. Operação dos grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado e Especial de Combate à Corrupção (GAECO e GECOC), a ação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) levou a Vigilância Sanitária ao local na Capital onde a merenda escolar estragada foi localizada. Segundo o MPMS em nota, foram cumpridos também 39 mandados de busca e apreensão, com alvos nos seguintes municípios: Água Clara, Campo Grande, Rochedo e TerenosApós a Vigilância Sanitária fiscalizar a empresa de Campo Grande, que destina merenda escolar para alunos da rede de ensino no interior do Estado, foram encontrados alimentos estragados e fora do prazo de validade. Diante dos indícios, ficou à cargo da Vigilância Sanitária a autuação da empresa por irregularidades na conservação, além de determinar a interdição do local. Além disso, durante a chamada “Operação “Malebolge” e cumprimentos dos mandados, cerca de R$ 9 mil reais foram apreendidos com um único alvo das medidas. Com apoio dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (BOPE), da Polícia Militar, o nome dado para essa se refere ao texto da “Divina Comédia”, escrito por Dante Alighieri no século XIV, onde fraudadores são encontrados e corruptos são, segundo a literatura, submergidos em um lago de piche fervente no oitavo círculo do inferno.@@NOTICIAS_RELACIONADAS@@Esquema milionário e corrupçãoAtravés de todo o trabalho investigativo, o MPMS aponta para a existência de uma organização criminosa instalada nas cidades de Água Clara e Rochedo, ambas com o mesmo modus operandi, que tem como alvo administração pública dos municípios. Conforme narra o Ministério Público, os núcleos desses grupos tinham contato com empresários, quem seria o encarregado de articular o esquema.Foi constatada a corrupção de servidores públicos que fraudavam licitações públicas, através do direcionamento para benefício de empresas específicas nos certames municipais. Como é descrito pelo MPMS, de maneira falsa, os agentes públicos davam atestado de recebimento de produtos e serviços, acelerando os trâmites administrativos nos pagamentos de notas fiscais fruto dos contratos entre os empresários e o poder público, recebendo pagamento de propina. Em valores, as investigações conduzidas apontam que esses contratos fraudados superam a quantia de R$ 10 milhões. **(Com assessoria) Assine o Correio do Estado ONLY AVAILABLE IN PAID PLANS
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