Unidades de conservação no AM são as mais impactadas por desmatamento em janeiro de 2025, aponta Imazon
Estudo também revelou que o estado ocupa a quinta posição entre os mais afetados pela devastação no primeiro mês deste ano. Desmatamento na AmazôniaChristian Braga/GreenpeaceA maioria das Unidades de Conservação (UCs) desmatadas em janeiro de 2025 está localizada no Amazonas, apontou um estudo do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado na última sexta-feira (21). O levantamento também revelou que o estado ocupa a quinta posição entre os mais afetados pela devastação no primeiro mês deste ano.Os dados são provenientes do Sistema de Alerta de Desmatamento (Sad) do Imazon.📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsAppAlém disso, o estudo revelou que o desmatamento na Amazônia Legal aumentou 68% em janeiro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando 133 km2 de destruição florestal.
Essa área é a sexta maior da série histórica para o mês e corresponde a mais de 400 campos de futebol destruídos a cada dia.A pesquisadora do Imazon, Larissa Amorim, alertou que, além desse crescimento, o estudo destaca a perda de áreas protegidas no último mês. “Apesar de o Amazonas ser o quinto estado com maior desmatamento em janeiro de 2025, a maioria das unidades de conservação mais afetadas está localizada neste estado”, explicou.O estudo também identificou que sete das dez terras indígenas mais impactadas pelo desmatamento estão totalmente localizadas em Roraima ou parcialmente entre o estado roraimense e o Amazonas.”A destruição dessas terras afeta diretamente os povos originários, que dependem da floresta para sua sobrevivência. Além disso, compromete a biodiversidade e a regulação climática.
É essencial uma ação conjunta dos órgãos responsáveis para atuar nas áreas mais críticas”, ressaltou Larissa.Confira o ranking:TI Yanomami (AM/RR): 0,2 km2 de área desmatadaTI Bacurizinho (MA): 0,2 km2 de área desmatadaTI Alto Rio Negro (AM/RR): 0,08 km2 de área desmatadaTI Malacacheta (RR): 0,05 km2 de área desmatadaTI Japuíra (MT): 0,04 km2 de área desmatadaTI Canauanim (RR): 0,04 km2 de área desmatadaTI Jurubaxi-Téa (AM/RR): 0,02 km2 de área desmatadaTI Manoá/Pium (RR): 0,02 km2 de área desmatadaTI Raimundão (RR): 0,02 km2 de área desmatadaTI WaiWái (RR): 0,02 km2 de área desmatadaDegradação florestalA degradação florestal, que se caracteriza pela perda parcial da vegetação, decorrente de queimadas ou extração de madeira, atingiu 355 km2 no primeiro mês de 2025. Esse número é superior ao tamanho de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, e 21 vezes maior do que o impacto registrado no mesmo período do ano passado, quando 16 km2 foram degradados. O dado é o terceiro maior da série histórica para o mês, ficando atrás apenas de janeiro de 2015 (389 km2) e de 2011 (376 km2).Em janeiro, foram identificadas oito Unidades de Conservação amazônicas com presença de degradação.
Três delas estão no Pará, uma no Maranhão, duas em Rondônia, uma no Amapá, e uma ocupa um território entre Amazonas, Mato Grosso e Roraima.Além das UCs, sete Terras Indígenas também sofreram degradação: três no Maranhão, duas em Mato Grosso, uma no Amazonas e uma no Pará. A liderança no ranking ficou com a Terra Indígena Alto Turiaçu, no Maranhão, que teve 69 km2 atingidos, uma área equivalente a 6.900 campos de futebol de mata degradada no primeiro mês do ano.”Apesar do aumento, espera-se que os números de desmatamento e degradação diminuam nos próximos meses, pois estamos entrando em um período de chuvas, quando esses distúrbios geralmente não são tão intensos. Portanto, é crucial que o governo e os órgãos responsáveis aproveitem este tempo para intensificar ações preventivas e se preparar para conter os impactos antes que chegue o período mais crítico”, alertou Carlos Souza Jr., pesquisador do Imazon.Vídeo: Fechado desde a pandemia, parque com mais de 52 hectares de floresta amazônica sofre com abandono em ManausParque com mais de 52 hectares de floresta amazônica sofre com abandono em Manaus.
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