Golpista se passa por advogado e faz “cliente” perder R$ 11,8 mil

No último fim de semana, um homem procurou pela polícia apontando ter sido vítima de estelionato, crime que consiste em obter vantagem induzindo alguém ao erro ou por meio de fraude. O caso é conhecido como “golpe do advogado”.Conforme consta no boletim de ocorrência, a vítima recebeu mensagens no WhatsApp de um homem se identificando como “Doutor Guilherme” – mesmo nome de seu advogado – e dizendo que tinha “ótimas notícias sobre seu processo”.Na sequência, o golpista disse que o processo havia sido deferido pelo juiz, e que ele deveria receber um valor de R$ 12.395,62.Pensando conversar com o advogado, e sabendo que tem processo judicial aberto contra uma empresa de geração de energia, a vítima deu sequência ao diálogo, acreditando que realmente havia algum desdobramento do processo em questão.Ele foi instruído a entrar no aplicativo do banco Itaú, e seguiu uma série de etapas solicitadas pelo golpista para que pudesse receber o valor do processo.Depois, descobriu que foi feito um empréstimo de R$ 4.200,00 em seu nome, além de um pix de R$ 2.599,00 para uma conta do Mercado Pago, e um pagamento de boleto no valor de R$ 4.999,00.A vítima relatou à polícia que seguiu todos os comandos porque acreditou que as informações por ele prestadas seriam necessárias para receber a quantia referente ao processo.Depois de perceber o golpe, o homem entrou em contato com o advogado – o verdadeiro Dr, Guilherme -, e relatou os fatos. O mesmo disse não saber do que se tratava.
O caso foi registrado como estelionato na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro.Dinâmica do golpe O golpe do falso advogado está em alta, e tem feito vítimas em diversos estados do país. Em São Paulo, por exemplo, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) precisou publicar uma cartilha com dicas (confira abaixo) para que as vítimas identifiquem o golpe e se protejam.Para chegar às vítimas, os criminosos acessam o processo da pessoa na Justiça, e coletam dados, como telefones, informações do processo e do advogado. Em seguida, criam conta no aplicativo de mensagens para contatar e enganar as vítimas.Nos casos mais “elaborados”, chegam a falsificar documentos da Justiça.Tudo é feito com o intuito de adquirir dados bancários ou extorquir pedindo por pix para “liberar” algum valor.Como se protegerA OAB-SP, em cartilha, reforçou que os advogados não cobram nenhum valor prévio para liberar qualquer indenização, e que o honorário é pago com o valor ganho no processo.Confira as dicas da OAB-SP:Desconfiar de pedidos de transferências bancárias;Questione se seu advogado mandar mensagem de um telefone diferente do escritório;Em caso de dúvida, compareça pessoalmente ao escritório do advogado para confirmar as mensagens;Se desconfiar de algum contato, tire registros (prints) de tela das conversas com os criminosos.Outras recomendações:Desconfie de facilidades;Não compartilhe informações pessoais com desconhecidos ou via mensagem;Confira todos os dados antes de efetuar uma transação financeira;Opte por segurança adicional;Confirme a veracidade de quem entrou em contato.Golpes em MSOs chamados “golpes” têm sido frequentes em Mato Grosso do Sul, que há pelo menos três anos mantém um volume anual de mais de 14 mil casos de estelionato registrados.Uma das formas de prevenir os golpes é ter conhecimento das modalidades mais frequentes, por isso, confira alguns golpes denunciados já abordados pelo Correio do Estado: Golpe da CNH;Golpe da Selfie;Golpe da Visita de Natal;Golpe do IPTU (boleto falso);Golpe do ingresso de show;Golpe do Presente Maçônico (maquininha adulterada);Golpe das Bolsas de Luxo;Golpe do Nudes;Golpe do Hospital.Assine o Correio do Estado @@NOTICIAS_RELACIONADAS@@.
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