Com três toneladas, indústria de MT quebra recorde e produz o maior queijo frescal do Brasil em Curvelândia

É de Mato Grosso o maior queijo frescal do Brasil. Com 3.005 quilos e utilizando mais de 28 mil litros de leite oriundos de 11 municípios da região sudoeste, a cidade sediou de Curvelândia sediou a produção do maior queijo frescal já registrado no Brasil. A façanha foi protagonizada pelo Laticínios Rovigo, com apoio da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat MT), durante a 15ª edição da tradicional Festa do Queijo.
A produção foi acompanhada in loco e oficialmente homologada pelo RankBrasil, único sistema nacional de certificação de recordes. “Estive durante toda a produção e pesagem, e certificamos que o Laticínio Rovigo produziu o maior queijo frescal do Brasil”, afirmou Luciano Cadari, fiscal do RankBrasil.
Para o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, o recorde é mais uma demonstração da capacidade transformadora da indústria, especialmente no interior do estado.
“A indústria tem um poder incrível de transformação. Prova disso é que, em uma cidade de somente 5 mil habitantes, foi produzido o maior queijo do Brasil. O setor de laticínios é pujante, gera emprego e renda em todas as regiões. Todos estão de parabéns. A Fiemt está presente, apoiando os desafios da indústria de Mato Grosso.”
À frente do processo, o mestre queijeiro, diretor da Fiemt e vice-presidente do Sindilat MT, Antonio Bornelli, destacou a trajetória que levou ao recorde. “Estou muito orgulhoso de ter conseguido produzir esse queijo gigante. Mas ele não é só do meu laticínio, é de Curvelândia. Começamos com um queijo de 90 quilos e fomos aumentando. Desenvolvemos equipamentos próprios e, no sábado, mobilizamos toda a equipe para esse desafio”, relatou.
Segundo Bornelli, o processo envolveu engenharia própria para o desenvolvimento da forma do queijo, cuidados avançados com segurança alimentar, refrigeração e transporte. No domingo (9), mais de 7 mil pedaços do queijo foram distribuídos gratuitamente para a população, com ajuda de funcionários do laticínio além de voluntários.
Moradora da cidade, Cleonice da Silva participou da distribuição e se emocionou: “Todo ano venho na festa para pegar um pedaço de queijo. Tenho orgulho de morar em Curvelândia, onde tem o maior queijo do Brasil.”
Além de tradição e sabor, a Festa do Queijo evidencia a força da agroindústria na economia regional. “A cadeia do leite é responsável por mais de 30% da nossa economia. Somos cercados por cerca de 650 pequenas propriedades que movimentam a produção. Essa festa reuniu 25 mil pessoas em três dias, quintuplicou a quantidade de habitantes”, afirmou o prefeito Jadilson de Souza.
O produtor rural Jailton de Sá, na base da cadeia produtiva, um dos vários responsáveis pelo fornecimento do leite, também celebrou o resultado: “O queijo gigante começa primeiro aqui no curral, na mão do produtor. Se a gente não levantar cedo e tirar o leite, não tem queijo. É um orgulho fazer parte de todo esse processo”
Criada em 2002 como protesto contra os baixos preços pagos ao leite, a Festa do Queijo se consolidou como um dos principais eventos do setor lácteo no Centro-Oeste. A edição de 2025, organizada pela Prefeitura de Curvelândia, combinou cultura, economia, inovação e tradição — transformando o queijo, alimento milenar, em símbolo de identidade regional e força produtiva.
Fonte: Eduardo Cardoso/FIEMT
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