Aparelhos de raio-x entram na mira de investigação após contrato milionário

Aparelhos de raio-x entram na mira de investigação após contrato milionário

A 32a Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Campo Grande instaurou inquérito civil para apurar as condições de funcionamento dos aparelhos de raio-x no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, principal unidade de média e alta complexidade pública do Estado. A investigação também mira a regularidade das manutenções preventivas e corretivas, além das providências adotadas pela Secretaria Estadual de Saúde e pela Fundação Serviços de Saúde de Mato Grosso do Sul para garantir a continuidade e a qualidade do atendimento em diagnóstico por imagem. O MP recebeu denúncia de que os equipamentos não estão em pleno funcionamento porque há falhas na manutenção que comprometem o atendimento à população.

O inquérito foi aberto dias a contratação emergencial da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem, no valor de R$ 23 milhões, para realizar exames de imagem em 23 unidades públicas de saúde, distribuídas em 14 municípios, incluindo Campo Grande. A medida, segundo a SES, foi tomada para assegurar a continuidade da oferta de exames como tomografia e radiografia na rede de urgência e emergência. Entre os locais contemplados pela contratação estão unidades como UPA Universitário, UPA Vila Almeida e CRS Aero Rancho, além de hospitais regionais e municipais em cidades como Dourados, Corumbá, Coxim e Três Lagoas.

Os serviços serão prestados diretamente nas unidades, com emissão de laudos por telerradiologia e atuação de corpo clínico remoto. Apesar da contratação emergencial, o Ministério Público quer esclarecer a situação dentro do Hospital Regional, que segue sob gestão da Funsau. Em resposta, o HRMS afirma que o serviço de raio-x é plenamente oferecido na unidade, com estrutura considerada moderna e capaz de suprir toda a demanda interna.

Segundo dados apresentados, entre janeiro e maio deste ano foram realizados mais de 11 mil exames de raio-x, e o total de exames de imagem no período ultrapassou 33 mil. A SES também se manifestou, informando que a contratação emergencial visa garantir a continuidade dos serviços enquanto uma nova estrutura é montada, com avanços em padronização técnica, cobertura ampliada e agilidade diagnóstica. Ainda segundo a secretaria, o novo modelo substituirá a forma anterior de contratação, a partir de estudos técnicos conduzidos por grupo de trabalho da própria pasta.

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Adriano Monezi

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