Paraguai registra 1o caso de sarampo a 200 km da fronteira com MS

O Ministério Público de Saúde do Paraguai confirmou nesta segunda-feira (2) o primeiro caso de sarampo no país em 2025. O diagnóstico é de um menino de cinco anos sem histórico de vacinação. Ele mora com a família no distrito de Santa Rosa, no departamento de San Pedro, que atrai muitos turistas ao destino conhecido como “Caribe paraguaio” pelas águas cristalinas vistas em alguns períodos do ano.
O departamento fica a cerca de 200 km da fronteira com Mato Grosso do Sul, por isso, o caso acende um alerta para o Brasil – que já registrou casos no Distrito Federal, Tocantins, São Paulo e Rio de Janeiro este ano. Além de Brasil e Paraguai, Bolívia, Argentina, Canadá, Costa Rica, Estados Unidos, México e Peru estão entre os países da América que têm confirmações e procuram enfrentar a doença com frentes internacionais de investigação. Sarampo no Paraguai – O morador de Santa Rosa foi internado em hospital de Assunção, capital do Paraguai, para tratar um quadro de pneumonia.
O sarampo provocou febre, manchas vermelhas com elevações na pele, tosse e coriza. A infecção foi confirmada em laboratório e notificada em 2 de agosto. De acordo com investigação do Ministério Público de Saúde, o caso está relacionado à exposição recente a visitantes do exterior que teriam apresentado sintomas compatíveis com sarampo.
Como resposta, a pasta enviou equipe a Santa Rosa para fazer pesquisa epidemiológica, buscar ativamente outros casos, aplicar medidas de controle, conscientizar sobre a doença e fortalecer a cobertura vacinal. O Paraguai foi declarado país livre do sarampo em 2015. “Este evento representa um caso relacionado à importação e é uma ameaça às conquistas da saúde pública”, avaliou o ministério.
Brasil e MS – O Brasil reconquistou o certificado de livre do sarampo em 2024. Para perdê-lo, precisa ter cadeias do mesmo genótipo do vírus circulando durante um ano, como esclareceu à Agência Brasil a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Marilda Siqueira. Mato Grosso do Sul não teve casos confirmados de sarampo do início deste ano até agora, conforme informou a Secretaria Estadual de Saúde.
Foram notificados 25 casos suspeitos, sendo 20 já descartados e cinco ainda em investigação. O último ano com confirmações foi em 2020, quando 10 pessoas contraíram a doença. Mortes por sarampo não ocorrem no Estado desde 1992, de acordo com o Ministério da Saúde.
Naquele ano, foi registrado um óbito. De 1990 até 2025, o pior ano foi 1991, com 13 pessoas mortas por complicações da doença. Em relação à cobertura vacinal, a região de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai e a Bolívia precisa avançar.
Painel do Ministério da Saúde mostra que a segunda dose da tríplice viral foi aplicada em 68,33% do público-alvo – crianças a partir de 15 meses de idade. Já a primeira dose, aplicada quando o bebê completa um ano, alcançou 88,32% de cobertura. Os dados são referentes a 1o de janeiro até 1o de junho deste ano.
Na semana passada, o Ministério da Saúde informou ter confirmado onze casos de sarampo apenas no município de Campos Lindos, Tocantins, fora os cinco diagnosticados anteriormente. A pasta ainda não divulgou balanço mais recente com número total de casos. Sarampo – A doença é altamente contagiosa: uma pessoa infectada pode transmiti-la para 17 pessoas não vacinadas.
Os principais sintomas são febre, erupções na pele, tosse e mal-estar intenso. Complicações podem levar à morte. A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a doença.
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