Advogada criminalista morta com 20 tiros em BH: o que sabemos sobre o caso

A Polícia Civil de Minas Gerais segue investigando a morte da advogada criminalista Kamila Cristina Rodrigues dos Santos, de 32 anos. A mulher foi executada com cerca de 20 tiros na manhã de segunda-feira (22), em Belo Horizonte.

O corpo foi velado no Cemitério da Paz, na capital mineira, na manhã de terça-feira (23). A cerimônia começou às 11h e foi até as 14h30. Na sequência, o corpo foi sepultado.

Kamila Cristina era moradora de Belo Horizonte (MG) e, além da área Criminal, atuava também no Direito Civil, da Família e Trabalhista.

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“Eu estou de guerra”

A advogada gravou e publicou um video nas redes sociais antes de morrer. Na gravação ela afirmou que estaria “em guerra” com alguém.

Na publicação, a advogada não cita nomes, mas diz que o “recado pode ser passado”.

Veja o vídeo publicado pela advogada

“Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa de luz, uma pessoa legal até certo ponto. Então, ‘tô’ botando aqui porque fofoqueiro tem um monte, né? Então, já pode passar o recado. Eu tô de guerra, tá?”, ressaltou Kamila.

Em outro trecho do vídeo ela enfatiza que não está ameaçando ninguém, mas que a declaração seria um aviso. “Mas como não me atende, como não me retorna, então é isso […] Eu não tô ameaçando. Eu tô avisando que eu vou fazer”, concluiu.

Carro incendiado

Um carro encontrado incendiado pode ser o mesmo usado na execução da advogada. Segundo disse para a Itatiaia o tenente Luís Alberto, do Batalhão de Polícia de Guardas, o modelo e a cor coincidem com o veículo usado no homicídio.

“Conseguimos identificar a placa, apesar dos danos. A dinâmica leva a crer que esse veículo foi utilizado no homicídio”, afirmou ele.

De acordo com o militar, moradores desconfiaram da movimentação de dois veículos em uma rua sem saída. Pouco depois, ouviram um barulho e perceberam que um dos carros havia sido incendiado em uma trilha da região.

O veículo foi encontrado no bairro Juliana, Região Norte de Belo Horizonte. A execução de Juliana, ocorreu no bairro Ermelinda, Região Noroeste da capital.

Quem era a advogada criminalista

Conforme informações das redes sociais, Kamila tinha um relacionamento com um homem que se identifica como representante comercial de uma cervejaria.

Nas redes sociais, Kamila tinha quase 2 mil seguidores e cerca de 40 publicações. Em forma de emojis, ela afirmava na biografia do perfil sua atuação como advogada, também ostentando uma graduação em andamento na área de Ciências Contábeis. Além disso, destacava a frase: “Que minha fé prevaleça.”

Kamila se formou pela Escola Superior Dom Helder Câmara, tinha pós-graduação em Direito Processual Civil pela Faculdade Líbano e era mestranda em Direito pela FUNIBER (Fundação Universitária Iberoamericana).

“Tenho experiência prática na condução de processos, atendimento ao cliente, elaboração de peças, acompanhamento de audiências e resolução de conflitos”, afirmava a advogada nas redes sociais.