Federação da Indústria e Comércio Audiovisual será lançada durante o Rio Market, no dia 6 de outubro
Foto: Walkiria Barbosa © Eny Miranda
Reafirmar o audiovisual brasileiro como uma indústria, em reconhecimento aos expressivos resultados na economia do país, como vetor de inovação e geração de empregos qualificados. Em síntese, esta é a proposta da FICA – Federação da Indústria e Comércio Audiovisual, entidade que será lançada oficialmente no dia 6 de outubro, durante o Rio Market, principal evento sobre negócios e debates do audiovisual na América Latina.
A FICA nasce a partir do momento em que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) insere o segmento do audiovisual dentro da Nova Indústria Brasil, iniciativa do Governo Federal.
Para tanto, foram dois anos de estudos e negociações – liderados por Walkíria Barbosa, produtora de cinema e TV, sócia do Grupo Total, que assumirá a presidência da FICA – para que o segmento obtivesse esse reconhecimento. Com a FICA, o objetivo é consolidar uma política de estado para o setor audiovisual brasileiro, inspirada em modelos internacionais bem-sucedidos, como o da Coreia do Sul.
Amparados por robustos estudos sobre os impactos positivos do segmento na economia do país, Walkíria e seus companheiros de trabalho conseguiram agendas com diferentes organismos governais para, segundo ela, “mostrar o potencial que a nossa indústria tem”. A presidente da FICA complementa informando que, “depois de reuniões com o secretário executivo do MDIC, Marcio Elias Rosa, ele entendeu perfeitamente este potencial e foi assim que entramos no programa da Nova Indústria Brasil”.
A composição da estrutura da FICA e seus os órgãos diretivos, que serão apresentados no evento de lançamento, foi pensada para abranger os vários setores que compõem a cadeia do audiovisual brasileiro.
Como primeira ação afirmativa da FICA, será apresentado ao público, dentro da programação do Rio Market, um estudo inédito, realizado pela Oxford Economics, que traz dados abrangentes sobre a indústria brasileira de cinema e TV. Encomendada pela MPA (Motion Picture Association) e intitulada “A contribuição econômica da indústria audiovisual no Brasil em 2024”, a investigação reforça ainda mais a importância do setor na economia brasileira.
Dentre os dados mais importantes apresentados pelo estudo estão, por exemplo, o PIB de R$ 70,2 bilhões para o setor audiovisual, o que equivale a 12% do setor de serviços públicos no Brasil. Outro dado importante se refere à geração de 608.970 empregos (entre diretos e indiretos). Em comparação a outras indústrias, o setor empregou 121.840 pessoas, o mesmo tamanho da indústria de fabricação de produtos farmacêuticos e maior que a força de trabalho da indústria automotiva.
O estudo detalha ainda os números referentes à arrecadação de impostos e à contribuição econômica na produção e distribuição de filmes e TV, nas exibições no cinema e em vídeos sob demanda, além de impactos no turismo e na promoção do Brasil por meio da exportação audiovisual.
“Este estudo, além de jogar luz no potencial enorme da nossa indústria, mostra o tanto que ainda podemos crescer com uma política de estado. Nosso setor atualmente impacta no PIB 0,6%, mas temos certeza absoluta, considerando estudos como este, que podemos chegar a 1,5% do PIB nos próximos três anos, começando o trabalho agora”, finaliza a presidente da FICA.
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