Israel e Hamas avançam em negociações e Casa Branca pede rapidez ao acordo

Israel e Hamas avançaram nas negociações para um acordo que dê fim à guerra em Gaza, segundo fontes da CNN Internacional. As delegações estão reunidas no Egito e discutem “detalhes restantes” e estabelecer um mecanismo de implementação do acordo.
Alguns pontos do texto inicial do acordo chamam a atenção do Hamas. O grupo diz trabalhar “sério para terminar com os obstáculos”, mas que tem exigências para aceitar o plano.
Os pedidos envolvem um cessar-fogo permanente, a retirada de Israel da Faixa de Gaza e a entrada irrestrita de ajuda humanitária no enclave. Outras reivindicações tratam da garantia que os palestinos deslocados voltem às suas casas e um processo de reconstrução supervisionado da região.
Fauzi Barhoum, o porta-voz do Hamas, afirmou que a prioridade é encerrar a agressão de Israel. “Nós renovamos nosso compromisso de aderir a todos os nossos direitos nacionais inalienáveis e de defender as aspirações do nosso povo orgulhoso para libertação”, disse Barhoum.
O governo de Benjamin Netanyahu prevê que o acordo pode ser fechado até semana que vem e agradeceu ao presidente americano, Donald Trump, pelos seus “esforços”.
A pressão internacional para o fim da guerra cresceu, especialmente após a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), onde diversos novos países defenderam a criação de um estado palestino, e depois dos bombardeios de Israel ao Catar em setembro.
O prazo de Israel, por outro lado, desagrada a Casa Branca que deseja um fim rápido às negociações. Mesmo assim, Trump mostrou otimismo com o possível acordo e enviou mais equipes para intensificar a articulação ao cessar-fogo.
A negociação acontece no aniversário de dois anos do início da guerra, que teve início após os ataques do Hamas em território israelense, quando 1.200 pessoas foram mortas e outras 250 foram feitas reféns, incluindo crianças e idosos.
Durante ato em memória às vítimas, Silvia Cunio, mãe de dois reféns israelenses em posse do Hamas, clamou pelo fim do conflito. “Quero abraçá-los, beijá-los, dar todos os beijos que não dei durante dois anos. Chega de guerra, chega de tudo”, disse durante uma passeata.
A resposta do exército de Netanyahu aos ataques do Hamas vitimou cerca de 67 mil palestinos, destruindo ou danificando cerca de 60% dos prédios de Gaza. Segundo autoridades palestinas, uma criança foi morta a cada 52 minutos no enclave e 58 mil ficaram órfãs.
Em Gaza, a esperança é pelo fim do conflito e que seja possível retornar à própria casa. A palestina Shireen Dawaba precisou deixar o local onde morava por 12 vezes e diz esperar pelo fim das agressões.
“Nós estamos nos mudando de um lugar para o outro”, afirma. Ela finaliza pedindo “pelo fim da fome, da guerra e do deslocamento forçado”.
* com informações de Jeremy Diamond, da CNN
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