Mostra SP exibe 375 filmes, festeja Euzhan Palcy, Jafar Panahi e Lakdar-Hamina, destaca “Sirât”, clássicos de outrora e safra Oscar

Foto: “Sirât”, de Oliver Laxe
Por Maria do Rosário Caetano
Um filme espanhol que causou furor em Cannes, o espanhol “Sirât”, de Oliver Laxe, abrirá semana que vem, na Sala São Paulo, a quadragésima-nona edição do maior festival audiovisual do país – a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
A cerimônia inaugural, para convidados, contará com a entrega do Troféu Humanidades à afro-caribenha Euzhan Palcy, nascida na Martinica há 67 anos. A noite de 15 de outubro marcará, portanto, um tributo ao cinema de outras geografias, as não-hegemônicas, marca indelével da história da Mostra (ou “Monstra”, como a chamam alguns maratonistas, enlouquecidos pela gigantesca oferta de filmes). Este ano, serão 375 produções (para termo de comparação, o Festival do Rio programou 298 títulos).
Se muitas tradições da Mostra são preservadas, esse ano há uma mudança (perda) digna de registro: sai de cena um dos mais tradicionais palcos da maratona paulistana, o circuito de exibição do Shopping Frei Caneca, parte da “Cinelândia” formada no entorno do Espigão da Paulista. Os cinéfilos corriam de uma sala para outra, pois seis das dez telas do complexo eram dedicadas ao festival.
A primeira perda no tradicional circuito exibidor da Mostra se deu poucos anos atrás, com a saída do Cine Belas Artes, situado na Paulista-Consolação. Agora, chegou a vez do antigo Arteplex, outrora administrado por Adhemar Oliveira, e hoje programado, em dobradinha, pelo CineSystem e André Sturm.
Sai o Frei Caneca e, em compensação, entram novos espaços: o Multiplex Marabá, na Avenida Ipiranga; o Teatro Cultura Artística, na Nestor Pestana; e o Cine Lasar Segall, na Vila Mariana. O paulistano e os visitantes terão que aventurar-se além do circuito Avenida Paulista (que continua fortalecido pelo Espaço Petrobras, pela Reserva Cultural e pelo Cine IMS) e deslocar-se para o centro da metrópole.
Na Vila Mariana, os espectadores poderão somar as três salas da Cinemateca Brasileira, um paraíso cinéfilo, ao simpático cineminha do Museu Lasar Segall. E aproveitar para conhecer o acervo do grande artista, além de desfrutar de aprazível jardim e barzinho que é puro charme.
Em concorrida coletiva de apresentação da Mostra, realizada no Espaço Petrobras de Cinema, a diretora do festival, Renata Almeida, ponderou que, mais uma vez, “procuramos apresentar um panorama do que há de mais interessante no audiovisual internacional e brasileiro”. E alertou que ela e sua equipe montaram a programação com “um olhar jornalístico”, plugado no que acontece no mundo.
Daí o destaque dado a produções da Palestina, aos 80 anos da tragédia da bomba atômica e a assumida generosidade na escolha dos laureados com o Troféu Humanidade. Dessa vez são três: a afro-caribenha Euzhan Palcy, o iraniano Jafar Panahi, que tem vivido anos difíceis em seu país de origem, e os Irmãos Dardenne, da Bélgica, diretores e produtores de filme marcados pela solidariedade e busca da justiça social.
Renata citou os convidados que esse ano visitarão São Paulo para apresentar seus filmes, participar de debates ou masterclasses. A começar por Panahi, que apresentará “Foi Apenas um Acidente”, vencedor da Palma de Ouro em maio último. Trata-se de filme 100% iraniano, mas produzido com dinheiro francês. O país da Nouvelle Vague, aliás, abriu mão de seu idioma e identidade cultural, para indicar o filme ao Oscar de melhor produção internacional. A bandeira bleu-blanc-rouge servirá, pois, de pavilhão a um filme falado em farsi e rodado no Irã, com atores e história iranianos.
Não será chegada a hora da Academia de Hollywood criar, como faz a ONU, uma “bandeira” para cineastas perseguidos pelos regimes políticos de seus territórios de origem? Fica a questão. E a promessa de contarmos, em São Paulo, mais uma vez com a presença de Jafar Panahi, amigo da Mostra desde a estreia de seu primeiro longa, o encantador “Balão Branco”.
As outras presenças anunciadas por Renata Almeida são Euzhan Palcy, que depois do sucesso de “Rua das Casas Negras” dirigiu Marlon Brando em “Assassinato sob Custódia” (também na Mostra, assim como “Simeón”), a realizadora norte-americana Rebecca Miller, o roteirista-diretor Charles Kauffman, as atrizes Stefania Gadda e Jade Oukid, de “Sirât”, e — entre muitos diretores vindos de diversos países — uma convidada colombiana, muito especial, Laura Mora. Este nome, que à primeira audição, não parece nos dizer muito, está em alta no mundo. Afinal, Laura dirigiu (com Alex García Lopez) um dos maiores sucessos da história latino-americana no streaming – a série “Cem Anos de Solidão”, arriscada adaptação da obra-prima de Gabriel García Márquez, o Gabo. Que deu muito certo.
Rebecca Miller tem sólida carreira como cineasta e roteirista. Filha do grande dramaturgo Arthur Miller (1915-2005), de “A Morte do Caixeiro Viajante”, ela conta outro grande artista em sua vida, o marido britânico Daniel Day Lewis.
Trinta anos atrás, Rebecca fez sua estreia como diretora com o longa-metragem “Angela: Nas Asas da Imaginação”. Aqui ela apresentará este filme e dois capítulos da série “Mr. Scorsese”, que realizou para a Apple TV.
Que os cinéfilos fiquem atentos: a sessão de “Ângela” acontecerá no CineSesc. Rebecca conversará com os espectadores. Por sorte, quem não conseguir ingresso para os dois encontros com a cineasta, poderá assistir à série que ela dedicou a Martin “Taxi Driver” Scorsese, no streaming, a partir do dia 17 de outubro (por tanto, em plena Mostra).

A Mostra SP sempre se preocupou com os “tesouros de Cinemateca”, ou seja, filmes do passado que devem ser vistos (ou revistos) junto com as produções mais recentes. Na coletiva de imprensa, Renata Almeida destacou dois títulos, ambos com ênfase especial – “Queen Kelly”, de Eric Von Stroheim, e “Crônica dos Anos de Fogo”, de Mohammed Lakdar-Hamina.
O primeiro é um raridade, pois realizado na era silenciosa (1928), e o segundo, um patrimônio da África magrebiana (1975). “Queen Kelly” teve vida acidentada, como boa parte dos filmes do genial e genioso Eric Von Stroheim. Vinte e dois anos antes de trabalhar com Gloria Swanson em “Crepúsculo dos Deuses” (Billy Wilder, 1950), Stroheim dirigiu a emergente Glória em “Rainha Kelly”. Já temperamental, a atriz reclamou dos rumos do trabalho e pediu mudanças. O diretor foi demitido. A obra seria lançada em 1933, na Europa e na América do Sul. Trechos do filme original aparecem em “Crepúsculo dos Deuses”. A versão restaurada foi exibida no Festival de Veneza, com direção de Dennis Doros, que incorporou materiais inéditos não censurados. Doros estará na Mostra para apresentar “Queen Kelly” e participar de mesa sobre restauro com a equipe da Cinemateca Brasileira.
“Crônica dos Anos de Fogo” é outra preciosidade. E presta tributo ao argelino Mohammed Lakdar-Hamina (1934-2025), que faleceu em maio último, aos 91 anos. Há exatas cinco décadas, Lakdar-Hamina encheu de orgulho o seu país, a Argélia, ao tornar-se o primeiro cineasta árabe-africano a receber a Palma de Ouro de Cannes. O filme chegou ao circuito paralelo brasileiro, com apoio da Embaixada da França, e foi exibido com o título “Crônica dos Anos de Brasa”. Causou sensação entre os cinéfilos.
Outros títulos complementarão o segmento da Mostra que dialoga com o passado: “Aniki-Bobó”, do português Manoel de Oliveira (1942), “Sholay”, do indiano Ramesh Sippy (1975), “Cronos”, do mexicano Guilhermo del Toro (1992), que depois se tornaria o mais internacional dos realizadores astecas (autor do belíssimo “O Labirinto do Fauno”, produção espanhola, e do oscarizado “A Forma da Água”) e o filme de estreia de Rebecca Muller (“Angela”).
Durante duas semanas (16 a 30 de outubro) a Mostra SP exibirá mais de setenta longas-metragens brasileiros, do presente, a maioria, e do passado. Afinal, no segmento Restaurados serão mostrados cinco filmes, entre eles “Cinema, Aspirinas e Urubus”, de Marcelo Gomes, o primeiro (e único?) filme brasileiro a triunfar na competição internacional de Novos Diretores.
A Mostra encerra sua maratona no penúltimo dia desse mês. Mas prosseguirá na Repescagem-CineSesc, na Itinerância (pelo litoral e interior paulista, promovida pelo Sesc), e em duas capitais da Amazônia, Belém do Pará e Manaus. Por causa da COP (Conferência do Clima), as duas grandes cidades nortistas receberão seleção muito especial de filmes do festival paulistano.
Da produção brasileira, são muitos os destaques. A começar pelos vencedores de três dos principais festivais do país. Caso de “Cinco Tipos de Medo”, do matogrossense Bruno Bini, que colocou seu estado natal no mapa geocinematográfico brasileiro ao conquistar o Kikito de Gramado. Caso, também, de “Futuro Futuro”, do gaúcho Davi Pretto, vencedor do Troféu Candango no Festival de Brasília, e de “Cais”, da baiana Safira Moreira, premiado no Olhar de Cinema, em Curitiba.
Cinco cineastas brasileiros devem brilhar na Mostra SP por sua produtividade. Deles, o que deverá causar maior espanto é o brasiliense José Eduardo Belmonte, de 55 anos. Conhecido por filmar sem descanso, ele realmente se assemelha aos remadores de Ben-Hur, o épico bíblico hollywoodiano. Nessa edição da Mostra, ele desembarcará em São Paulo com três longas-metragens: “Assalto à Brasileira”, o sacudido thriller, temperado de humor, que conquistou o Júri Popular no Fest Brasília (mais melhor ator, para Murilo Benício, e coadjuvante para Christian Malheiros), com uma produção internacional rodada em Detroit, nos EUA, “Quase Deserto” (da seleção do Fest do Rio), e com o novíssimo “Aurora 15”. No debate de “Assalto à Brasileira”, na capital federal, Belmonte fez declaração surpreendente: “mando meu currículo para as produtoras, pedindo que me convidem para novos trabalhos”.
Outro diretor dos mais produtivos é Mauro Lima. Como Belmonte, ele procurar dialogar com o grande público, realizando filmes de temáticas mobilizadoras (caso de “Meu Nome Não é Johnny”). Este ano, ele participa da Mostrinha com “DPA-4: O Fantástico Reino de Odin”, franquia infanto-juvenil que tem ultrapassado, a cada novo título, a casa do milhão de espectadores. Mas o filme mais esperado do realizador é “O Homem de Ouro”. Uma cinebiografia em ritmo de thriller de um dos mais controvertidos personagens da crônica policial brasileira, Mariel Mariscot (1940-1981). Boa pinta e bico-doce, ele integrou a Escuderie Le Cocq, matriz do Esquadrão da Morte, namorou atrizes (é pai de um filho da atriz Darlene Glória, e de uma filha de Elza “Ali Babá e os 40 Ladrões” Castro) e teria tido um affair com Rogéria, a “travesti da família brasileira”). Na maior promiscuidade, misturou a vida de policial à de bandido. Até indispor-se com grandes bicheiros cariocas. Morreria, com fama de galã e conquistador, aos 41 anos. Com o corpo crivado de balas.
A discreta Flávia Castro, realizadora carioca que viveu a experiência do exílio, também estará na mostra com dois filmes, ambos ficcionais: “As Vitrines” e “Cyclone”, este sobre “amante” do escritor Oswald de Andrade.
Outro remador de Ben-Hur do cinema brasileiro — o gaúcho-paulistano Cristiano Burlan, que prepara longa-metragem sobre sua convivência com o professor, escritor, ator e cineasta Jean-Claude Bernardet (1936-2025) — terá, também, participação dupla na Mostra: com o horror-experimental “Nosferatu” (Bernardet e Helena Ignez estão no elenco) e com “Um Espaço que se Move”.
A realizadora Maria Clara Escobar traz sua assinatura em dois (ou um e meio, se contarmos à moda de Fellini) filmes – “Explode São Paulo, Gil”, híbrido que participou da seleção do Olhar de Cinema, e “Dolores”, este em parceria com Marcelo Gomes. A dupla transformou roteiro deixado por Chico Teixeira (1959-2019) em filme selecionado para o Festival de San Sebastián, na Espanha. Cineasta singular, Teixeira partiu muito cedo, mas deixou acervo compacto e instigante. Do belo “Criaturas que Nasciam em Segredo”, passando por “A Casa de Alice” e desaguando no derradeiro “Ausência”.

No terreno do documentário, a produção brasileira tem muito a mostrar: “Honestino”, de Aurélio Michiles, “Sergio Mamberti – Memórias do Brasil”, de Evaldo Mocarzel, “Ary” (Ary Barroso: The Father of Brazil), de André Weller, “Aqui Não Entra Luz”, de Karol Maia, “Cadernos Negros”, de Joel Zito Araújo, “Milton Gonçalves, Além do Espetáculo”, de Luiz Antônio Pilar, “Eu Vou Tirar Você desse Lugar”, de Dandara Ferreira (sobre Odair José), e “A Voz de Deus”, de Miguel Antunes Ramos, sobre pastores-mirins que lotam templos evangélicos. E já que falamos dos parentescos de Rebecca Miller, falemos, aqui, dos laços familiares do uspiano Miguel, filho do artista-e-intelectual Nuno Ramos, e sobrinho do titã, compositor e poeta Arnaldo Antunes.
No terreno da animação de longa-metragem, há de destacar-se “Nimuendajú”, da mineira Tania Anaya, que consumiu anos de trabalho nesse filme, fruto de coprodução entre Brasil e Peru.
Nas listas abaixo, selecionamos alguns destaques internacionais, a safra Oscar, a fornida safra brasileira (filmes ficcionais e documentais), a safra hispano-americana (Argentina, México, Chile e Colômbia bem representados), as produções do segmento Restaurados e Sessões Especiais. Todo ano, a Mostra SP exibe alguns filmes de – chamemos assim – “estranhas geografias”. Ou de longuísima duracão. Neste 2025, tudo indica que o “recordista no uso do tempo” será o russo Alexander Sokurov, com “Director’s Diary”(mais de 5 horas de duração).
DESTAQUES INTERNACIONAIS
. “Foi Apenas um Acidente”, de Jafar Panahi (Irã, França, vencedor do Festival de Cannes)
. “Pai Mãe Irmão Irmã” (Father Mother Sister Brother”), de Jim Jarmusch (EUA, vencedor do Fest Veneza)
. “O Som da Queda” (Sound of Falling), de Masha Schilinski (Alemanha, Prêmio do Júri, em Cannes)
. “Living the Land”, de Meng Huo (China, melhor direção em Berlim)
. “Abaixo das Nuvens” (Sotto le Nuvole) , de Gianfranco Rosi (Itália, Prêmio Especial do Júri em Veneza)
. “Frankenstein”, de Guillermo del Toro (EUA)
. “Resurrection”, de Bi Gan (China, Prêmio Especial pela Inovação, em Cannes)
. “Imago”, de Déni Pitsaev (Chechênia, melhor documentário em Cannes, Prêmio Olho de Ouro)
. “Kontinental ’25”, de Radu Jude (Romênia)
. “Drácula”, de Radu Jude (Romênia)
. “Nouvelle Vague”, de Richard Linklater (França)
. “Blue Moon”, de Richard Linklater (EUA, Irlanda)
. “Mirror No. 3”, de Christian Petzold (Alemanha)
. “Urchin”, de Harris Dickinson (Grã-Bretanha)
. “Amiga Silenciosa”, de Ildikó Enyedi (Hungria, França, Alemanha)
. “A Irmã Mais Nova”, de Hafzia Herzi ( França)
. “O Lago” (longa) e “Rolle: Inventário” (curta), de Fabrice Arango (Suíça)
. “Jay Kelly”, de Noah Baumbach (EUA)
. “Bugonia”, de Yorgos Lanthimos (EUA)
. “Eleanor, the Great”, de Scarlett Johansson (EUA)
. “Duas Estações, Dois Desconhecidos”, de Sho Miyake (Japão)
.”Seis Dias Naquela Primavera”, de Joachim Lafosse” (Bélgica)
. “Mr. Scorsese”, de Rebecca Miller (série)
. “Director’s Diary”, de Alexander Sokurov (320 minutos)
SAFRA OSCAR (pré-candidatos)
. “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
. “Foi Apenas um Acidente”, de Jafar Panahi (França)
. “Jovens Mães”, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
. “Sirât”, de Oliver Laxe (Espanha)
. “O Som da Queda”, de Mascha Schilinski (Alemanha)
. “Feliz Aniversário”, de Sarah Goher (Egito)
. “No Other Choice”, de Park Chan-wook (Coreia do Sul)
. “Fiume o Morte!”, de Igor Bezinović (Croácia)
. “Homebound”, de Neeraj Ghaywan (Índia)
. “The President’s Cake”, de Hasan Hadi (Iraque)
. “O Amor que Resta”, de Hlynur Pálmason (Islândia)
. “Um Mundo Triste e Belo”, de Cyril Ayris (Líbano)
. “Palestina 36”, de Annemarie Jacir (Palestina)
. “Águias da República”, de Tarik Saleh (Suécia)
. “Left-Handed Girl”, de Shih-Ching Tsou (Taiwan)
MOSTRA BRASIL
. “Amora” (My Backyard), de Ana Petta – Estreia Mundial na 49ª Mostra
. “Aurora 15”, de José Eduardo Belmonte – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “A Vida de Vlado – 50 Anos do Caso Herzog (The Life and Death of Vlado Herzog), de Simão Scholz – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Amazônia Oktoberfesta” (Amazon Oktoberfest), de Sérgio Oliveira, Felipe Drehmer (Brasil) – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Um Espaço que se Move” (A Space That Moves), de Cristiano Burlan – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Terra Devastada” (The Sound of God), de Frederico Machado – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Quase Deserto” (Almost Deserted), de José Eduardo Belmonte (Brasil, EUA)
. “Assalto à Brasileira” (Brazilian Heist), de José Eduardo Belmonte
. “As Vitrines” (The Vitrines), de Flávia Castro
. “Cyclone” (Cyclone), de Flaávia Castro
. “Cinco Tipos de Medo” (Five Kinds of Fear), de Bruno Bini (Mato Grosso, vencedor de Gramado)
. “Futuro Futuro” (Future Future), de Davi Pretto (vencedor do Festival de Brasília)
. “O Homem de Ouro”, de Mauro Lima (sobre Mariel Mariscot)
. “A Natureza das Coisas Invisíveis” (The Nature of Invisible Things), de Rafaela Camelo (Brasil, Chile, Mostra Generation, em Berlim)
. “Honestino”, de Aurélio Michiles (Brasil)
. “Ary” (Ary Barroso: The Father of Brazil), de André Weller (Brasil)
. “Dolores”, de Marcelo Gomes e Maria Clara Escobar
. “Ato Noturno” (Night Stage), de Marcio Reolon, Filipe Matzembacher
. “Cadernos Negros” (Black Books), de Joel Zito Araújo
. “Milton Gonçalves, Além do Espetáculo” (Milton Gonçalves, Beyond the Spectacle), de Luiz Antonio Pilar
. “Cais”, de Safira Moreira (vencedor do Olha de Cinema de Curitiba)
. “Nimuendajú”, de Tania Anaya (Brasil, Peru)
. “Papagaios”, de Douglas Soares
. “Nosferatu”, de Cristiano Burlan
. “Ruas da Glória” (Streets of Glória), de Felipe Sholl
. “Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil” (Sérgio Mamberti – Memories of Brazil), de Evaldo Mocarzel
. “Virtuosas” (Virtuous Women), de Cíntia Domit Bittar
. “Vou Tirar Você Desse Lugar” (I’ll Take You Out of Here), de Dandara Ferreira
. “Notas sobre um Desterro” (Notes on an Exile), de Gustavo Castro
. “A Voz de Deus” (The Voice of God), de Miguel Antunes Ramos
. “Amélia Toledo – Lembrar de Não Esquecer”, de Hélio Goldsztejn
. “Aqui Não Entra Luz” (No Sunshine in Here), de Karol Maia
. “Cartas para…” (Letters to…), de Vânia Lima (Brasil, Moçambique, Portugal)
. “Cheiro de Diesel” (Smell of Diesel), de Natasha Neri, Gizele Martins
. “Com Causa” (The Cause), de Belisário Franca e Pedro Nóbrega
. “Coração das Trevas” (Heart of Darkness), de Rogerio Nunes (França, Brasil)
. “Criadas” (Sistermaids), de Carol Rodrigues
. “Dona Onete – Meu Coração Neste Pedacinho Aqui” (Dona Onete – This Tiny Piece Of My Heart), de Mini Kerti
. “Eu Não te Ouço” (Can’t Hear You), de Caco Ciocler
. “Explode São Paulo, Gil” (Gil, Let’s Explode São Paulo), de Maria Clara Escobar (Brasil, Portugal)
. “Fôlego – Até Depois do Fim” (Breath – After the End), de Candé Salles
. “Gravidade” (Gravity), de Leo Tabosa (Pernambuco)
. “Itacoatiaras” (Itacoatiaras), de Sérgio Andrade, Patricia Gouvea
. “Love Kills”, de Luiza Shelling Tubaldini
. “Massa Funkeira” (Funk U All), de Ana Rieper
. “Morte e Vida Madalena (Death and Life Madalena), de Guto Parente (Brasil, Portugal)
. “Na Passagem do Trópico” (Across the Tropic), de Francisco Miguez
. “Nada a Fazer” (Nothing to be Done), de Leandra Leal
. “Não Sei Viver sem Palavras” (No Life Without Words), de André Brandão
. “Aurora” (Aurora), de João Vieira Torres (Brasil, Portugal, França)
. “O Pai e o Pajé” (The Father and the Shaman), de Iawarete Kaiabi, Felipe Tomazelli, Luís Villaça
. “Para Vigo me Voy! (To Vigo I Go!), de Karen Harley, Lírio Ferreira
. “PRK30 – O Rádio pelo Avesso” (PRK-30, Brazil’s Blueprint on Reverse), de Eduardo Albergaria
. “Quatro Meninas” (Four Girls), de Karen Suzane
. “Relâmpagos de Críticas Murmúrios de Metafísicas” (Lightnings of Critiques Metaphysical Murmurings), de Julio Bressane, Rodrigo Lima
. “Sexa”, de Glória Pires
O BRASIL NA COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES
. “Eclipse”, de Djin Sganzerla – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Copinha”, de Joaquim Salles – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Labirinto dos Garotos Perdidos” (Labyrinth of Lost Boys), de Matheus Marchetti – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Malaika”, de André Morais – Estreia brasileira na 49ª Mostra
. “Pipas” (Kites), de Walter Thompson-Hernandez – Estreia brasileira na 49ª Mostra
. “Revoada – Versão Steampunk” (The Flock – Steampunk Version), de Ducca Rios – Estreia mundial na 49ª Mostra
APRESENTAÇÃO ESPECIAL
. “O Filho de Mil Homens” (The Son of a Thousand Men), de Daniel Rezende – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “De Lugar Nenhum” (From Nowhere – A Portrait of Valter Hugo Mãe), de Miguel Gonçalves Mendes (Portugal, Brasil) – Estreia mundial na 49ª Mostra
PRÊMIO LEON CAKOFF (Mauricio de Souza)
Troféu e exibição de “Mauricio de Sousa – O Filme” (Mauricio de Sousa – The Movie), de Pedro Vasconcelos e Rafael Salgado – Estreia mundial na 49ª Mostra
PRÊMIO HUMANIDADES
. Para Euzhan Palcy (da Martinica): Troféu e exibição de “Rua das Casas Negras” (1983, Martinica, França). A cineasta apresentará, presencialmente, a sessão.
. Para Jafar Panahi: Com troféu e exibição de “Foi Apenas um Acidente”, produção francesa, rodada no Irã, vencedora do Festival de Cannes e candidato pela França a uma vaga no Oscar. O cineasta apresentará, presencialmente, a sessão.
. Para os Irmãos Dardenne: Troféu (que será encaminhado à dupla belga) e exibição de “Jovens Mães”, prêmio de melhor roteiro em Cannes.
MOSTRINHA 2025 (Ano 2)
. “O Diário de Pilar na Amazônia”, de Eduardo Vaisman e Rodrigo Van Der Put – Estreia mundial na 49 ª Mostra
. “Colegas e o Herdeiro” (Buddies and the Heir), de Marcelo Galvão – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “D.P.A. 4 – O Fantástico Reino de Ondion”, de Mauro Lima (Brasil) – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Aventuras de Makunáima” (The Adventures of Makunaima), de Chico Faganello
. “Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa”, de Fernando Fraiha
. “Criaturas – Uma Aventura Entre Dois Mundos” (Creatures – An Adventure Between Two Worlds), de Juarez Precioso
. “Turma da Mônica: Laços” (Turma da Mônica: Laços), de Daniel Rezende
. “Turma da Mônica: Lições” (Turma da Mônica: Lições), de Daniel Rezende
FILMES RESTAURADOS INTERNACIONAIS
. “Queen Kelly”, de Eric Von Stroheim (EUA, 1926)
. Aniki-Bobó, de Manoel de Oliveira (Portugal, 1942)
. “Crônica dos Anos de Fogo”, de Mohammed Lakdar-Hamina (Argélia-1975)
. “Sholay”, de Ramesh Sippy (Índia, 1975)
. “Cronos”, de Guilhermo del Toro (México, 1992)
. “Angela: Nas Asas da Imaginação”, de Rebecca Miller (EUA, 1995)
BRASILEIROS
. “Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes (Pernambuco)
. “Garota de Ipanema” (The Girl from Ipanema), de Leon Hirszman (Rio de Janeiro)
. “Lua Cambará – Nas Escadarias do Palácio”, de Rosemberg Cariry (Ceará)
. “Tônica Dominante” (Tonic Dominant), de Lina Chamie (São Paulo)
. “Um Céu de Estrelas”, de Tata Amaral (São Paulo)
FILMES DA AMÉRICA HISPÂNICA
. “Depois de um Bom Dia”, de Néstor Frenkel (Argentina)
. “Después, La Niebla”, de Martín Sappia (Argentina)
. “Olivia”, de Sofia Petersen (Argentina, Espanha, Reino Unido)
. “The Bewilderment of Chile”, de Lucia Seles (Argentina)
. “Tesis sobre una Domesticación”, de Javier van de Couter (Argentina, México)
. “The Beat Bomb”, de Ferdinando Vicentini (Argentina, Itália)
. “Selva”, de Esteban Hoyos García e Juan Miguel Gelacio (Colômbia)
. “Barrio Triste”, de Stillz (Colômbia, EUA)
. “Semilla del Desierto”, de Sebastián Parra (Colômbia)
. “Noviembre”, de Tomás Corredor (Colômbia, México, Brasil, Noruega)
. “Ainda É Noite em Caracas”, de Mariana Rondón e Marité Ugás (México)
. “En el Camino”, de David Pablos (México)
. “Vainilla”, de Mayra Hermosillo (Mèxico)
. “Viagem Gelada, o Resgate ddo Urso Polar”, de Gabriel & Rodolfo Riva Palacios Alatriste (México)
. “Cuerpo Celeste”, de Nayara Ilia García (Chile, Itália)
. “Isla Negra”, de Jorge Riquelme Serrano (Chile, com o astro Alfredo Castro)
. “La Corazonada”, de Diego Soto (Chile)
. “Perros”, de Gerardo Minutti Bonilla (Uruguai, Argentina)
. “Un Futuro Brillante”, de Lucia Garibaldi (Uruguai, Argentina, Alemanha)
. “A Memórias das Borboletas”, de Tatiana Fuentes (Peru, Portugal)
. “Aquella Sombra Desvanecia”, de Samuel Urbina (Peru)
. “Cielo”, de Alberto Sciamma (Bolívia, Reino Unido)
. “Hola Frida”, de Karine Vézima e André Kadi (*) – Animação, com rodução franco-canadense, sobre a pintora Frida Kahlo
UM CINEASTA SÉRVIO
Želimir Žilnik
. “Marble Ass” (1995, Troféu Teddy Bear, em Berlim)
. “Depois dos Oitenta” (da Seleção 2025 do Festival de Berlim)
CAUSA PALESTINA
. “Era uma Vez em Gaza”, dos gêmeos Arab Nasser e Tarzan Nasser (Palestina)
. “Yalla Parkour”, de Areeb Zuaiter (EUA)
. “Com Hasan em Gaza”, documentário de Kamal Aljafari (Palestina)
. “Notas sobre um Desterro”, de Gustavo Castro (Brasil)
. “Palestina 36”, de Annemarie Jacir (Palestina)
MOSTRA ESPECIAL
Lembrando de Hiroshima e Nagasaki – 80 Anos da Bomba Atômica
. “Alma Errante – Hibakusha” (Hibakusha – Wandering Soul), de Joel Yamaji (Brasil) – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Chuva Negra”, de Shohei Imamura (Japão, 1989)
MOSTRA EM SÉRIE
. “Choque de Cultura – A Série”, de Fernando Fraiha – Estreia mundial na 49ª Mostra
. “Lona Preta” (Black Tarp), de Francisco Garcia e Renato Ciasca (Brasil) – Estreia mundial na 49ª
. “Primavera nos Dentes – A História do Secos & Molhados”, de Miguel de Almeida
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