Sony acredita que animes e games serão a próxima revolução do entretenimento

Keith Le Goy, presidente da Sony Pictures Television, afirmou durante o MIPCOM que os animes e videogames representam a próxima grande revolução do entretenimento mundial. Segundo o executivo, estes formatos devem superar o domínio que Marvel e DC Comics exerceram no cenário do entretenimento nas últimas duas décadas.

Durante sua entrevista de destaque no evento, Le Goy demonstrou confiança no potencial da Sony para capitalizar essa transformação no mercado. O executivo destacou que, após quase 20 anos de supremacia dos super-heróis dos quadrinhos nas telas, o público está pronto para novas formas de narrativas visuais.

“Os universos dos games e animes oferecem possibilidades narrativas praticamente infinitas e já possuem bases de fãs globais extremamente engajadas”, teria explicado Keith Le Goy durante sua apresentação no MIPCOM 2025.

“O universo de quadrinhos dos EUA da Marvel e da DC não vai desaparecer, mas eles não têm mais a posição de destaque absoluta que tinham antes”, afirmou Le Goy. “O que vai impulsionar a próxima fase da propriedade intelectual são os animes e games. A Sony está unicamente bem posicionada, considerando nossas forças no anime como produtora, com a Crunchyroll, nossos relacionamentos com criadores japoneses, e nos videogames através do PlayStation, e seu relacionamento com produtores de jogos.”

Esta visão estratégica reflete o crescente investimento da Sony em propriedades relacionadas a videogames e animes nos últimos anos. A empresa tem ampliado significativamente seu portfólio com adaptações de franquias como Demon Slayer, The Last of Us, Uncharted e Ghost of Tsushima, além de reforçar parcerias com estúdios de anime japoneses.

O posicionamento da Sony Pictures Television alinha-se com os números crescentes do mercado. Tanto a indústria de videogames quanto a de animes têm registrado recordes de faturamento consecutivos nos últimos anos, com projeções de crescimento ainda mais expressivas para o final desta década.

Para Keith Le Goy, as narrativas originárias desses dois universos oferecem potencial comercial e criativo que pode superar o impacto cultural que os filmes e séries baseados em quadrinhos alcançaram desde o início dos anos 2000.

Fonte: Deadline