Cinemateca Brasileira apresenta a Mostra Resistências Cinematográficas, em Belém

Após percorrer 26 cidades e atingir um público de mais de 20 mil pessoas em suas duas edições, a mostra A Cinemateca é Brasileira desembarca em Belém, entre os dias 23 e 31 de outubro, no Museu da Imagem e do Som do Pará (Centro Cultural Palacete Faciola, Av. Nazaré, 138). A exibição na capital paraense tem parceria com a Secretaria de Cultura e o governo do Pará.

Em 2023, a Cinemateca Brasileira organizou sua primeira edição da mostra itinerante A Cinemateca é Brasileira. A programação percorreu o país levando filmes que perpassam diferentes momentos históricos e propostas estéticas ao longo de mais de 120 anos de história.

Diante do sucesso do projeto e do aumento crescente de interessados em receber a programação, a Cinemateca realiza sua segunda edição, A Cinemateca é Brasileira – Resistências Cinematográficas. A curadoria inclui longas e curtas-metragens que demonstram a riqueza do cinema brasileiro e múltiplas abordagens da sua vocação democrática e resistência a retrocessos autoritários, em especial, a ditadura militar que teve início há 60 anos. Em Belém, serão exibidos 13 longas e 7 curtas-metragens.

As ações de itinerância da Cinemateca pelo Brasil fazem parte do Projeto Viva Cinemateca, lançado em 2023, que reúne os grandes projetos da instituição voltados à recuperação de importantes acervos, além da modernização de sua sede e infraestrutura técnica.

As ficções e documentários selecionados para esta edição abordam direta e indiretamente os períodos de repressão tão recorrentes na história do país. Nesta passagem por Belém, serão exibidos grandes títulos, como o clássico “Eles Não Usam Black-Tie”, que aborda o dilema de um operário entre a luta de classes e a sua vida pessoal. Outro destaque é “O Caso dos Irmãos Naves”, um drama judicial sobre uma injustiça brutal durante o Estado Novo. Já “O Que É Isso Companheiro?” mergulha nos turbulentos anos da ditadura militar, narrando a história real do sequestro do embaixador dos EUA. A luta e a resistência também são temas de “Cabra Marcado para Morrer” (foto), que retrata a história do líder camponês João Pedro Teixeira. O documentário “A Opinião Pública” explora o poder da imprensa e sua relação com o cenário político brasileiro, enquanto “ABC da Greve” registra as greves operárias do ABC paulista. A ficção de “Pra Frente Brasil” expõe a repressão e a violência do regime ditatorial durante a Copa do Mundo de 1970. Em “Terra em Transe”, a política é analisada de forma metafórica em um país fictício. Por fim, “Os Fuzis” questiona a violência e a exploração no sertão nordestino.

A mostra contará ainda com uma mesa de abertura composta pelo cineasta Januário Guedes e por Eneida Guimarães, anistiada política, com mediação de Indaiá Freire, diretora do MIS-PA. Todas as sessões são gratuitas.

 


Fonte: https://revistadecinema.com.br/2025/10/cinemateca-brasileira-apresenta-a-mostra-resistencias-cinematograficas-em-belem/

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