Tarifaço e fim da ajuda dos EUA poderiam abalar economia da Colômbia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou impor novas tarifas contra produtos da Colômbia até o fim desta segunda (20) e disse que encerraria a ajuda financeira oferecida ao país sul-americano.
Os americanos são os maiores parceiros comerciais da Colômbia, representando 30% de todas as exportações do país, com um comércio de bens e serviços avaliado em US$ 53 bilhões pelo Departamento de Comércio dos EUA . Os principais produtos vendidos pelos colombianos são café, petróleo e ouro.
Os cortes em financiamentos seriam um baque para a economia colombiana. Isso porque, Washington tem fluxos de investimento direto superiores a US$ 1,3 bilhão. Além disso, também investem quase meio bilhão de dólares em fundos de cooperação de segurança.
As decisões de Trump vêm na esteira de uma nova troca de ofensas ele e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
O republicano chamou Petro de “líder do tráfico de drogas que incentiva a produção em campos por todo o país” e afirmou que ele precisa fechar esses campos, ou então “os Estados Unidos farão isso”.
Como resposta, Petro chamou o republicano de grosseiro e ignorante em relação à Colômbia, além de convocar o embaixador em Washington para consultas. Segundo o Ministério das Relações Exteriores colombiano, o diplomata já está em Bogotá, onde discute possíveis abordagens com Petro.
Os colombianos demonstraram ansiedade e medo com a nova onda de ameaças e ofensas. “Se Trump impuser mais tarifas, muitos empregos serão perdidos e muitas empresas irão à falência”, disse Ángel Duarte, taxista colombiano à CNN Internacional.
Uma ajuda à Argentina
Ao mesmo tempo que ataca governos críticos aos Estados Unidos, Trump afaga aliados políticos. Nesta segunda (20), o Banco Central argentino oficializou um acordo de estabilização da taxa de câmbio de US$ 20 bilhões com o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
O acordo pouco antes de uma eleição legislativa na Argentina, marcada para 26 de outubro, que é crucial para o governo Javier Milei. Metade da Câmara dos Deputados e um terço do Senado serão renovados no pleito.
Trump rebateu críticas de que estaria “beneficiando” os argentinos com o auxílio dizendo que “nada beneficia a Argentina”. Isso porque, ainda de acordo com o republicano, “eles não têm nada e estão lutando para sobreviver. Eles estão morrendo.”
O “empurrão” na economia da Argentina é visto como um apoio eleitoral a Milei, além de uma tentativa de travar a influência chinesa na região, que cresceu com maior compra de soja e outros investimentos.
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