“São Florestas”, nova série do SescTV, discute os desafios socioambientais da região amazônica

A Amazônia é território de vida e de urgências. Entre rios que se espalham como veias e comunidades que resistem em silêncio ou canto, nascem as histórias reunidas na nova série documental “São Florestas”. Dirigida pelo jornalista e escritor Miguel De Almeida, a produção do SescTV conta com 17 episódios e estreia em 28 de outubro, com um convite a olhar a floresta pelo prisma de quem nela habita. O evento de lançamento acontece no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, às 19h, com bate-papo entre o diretor da série, o meteorologista Carlos Nobre e a comunicadora Adriana Ramos, seguido de exibição de um dos episódios. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos 1h antes na bilheteria da unidade.

A série não se organiza como narrativa única, mas como um mosaico de vozes. Povos originários, comunidades ribeirinhas, pesquisadores e lideranças sociais compõem um panorama que evidencia a Amazônia em múltiplas camadas. No momento em que o Brasil se prepara para sediar a COP 30, em Belém — a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que reúne anualmente representantes de quase 200 países para discutir políticas ambientais globais —, “São Florestas” reforça o coro ao recolocar a floresta no centro do debate: um território que abriga riquezas naturais e culturais e, ao mesmo tempo, enfrenta desigualdades históricas e pressões globais.

O SescTV estreia a série em sua programação com o episódio Pobreza x Abundância. A narrativa se abre com a extrativista Raimunda Rodrigues, da Reserva Extrativista do Rio Iriri, no Pará, que conta como o trabalho com o babaçu é uma tradição familiar, iniciada há muitas gerações.

Na mesma trama, o engenheiro agrônomo Beto Veríssimo, do projeto Amazônia 2030, contrapõe números à experiência cotidiana. Para ele, o desmatamento perpetua a pobreza. O que parece crescimento — a expansão da fronteira agrícola, o extrativismo acelerado — revela-se um ciclo de devastação e terra improdutiva, deixando quase metade da população amazônica abaixo da linha da pobreza. Ao lado desses relatos, a voz de Patrícia Cota, do Origens Brasil, reforça outra perspectiva: a de que proteger a floresta passa por valorizar o trabalho de quem dela cuida.

Os episódios da série percorrem temas que dialogam diretamente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), agenda global estabelecida pela ONU em 2015 para enfrentar desafios como pobreza, desigualdade e mudanças climáticas até 2030. Inspirados nos 17 ODS, os capítulos exploram desde o acesso a saneamento básico e energia limpa até a preservação da vida terrestre e aquática, passando pela igualdade de gênero, a educação e a justiça social.

Os temas abordados em “São Florestas” são: Pobreza x Abundância; A Terra Mata a Fome; Saúde e Bem-Estar; Educação de Qualidade; Igualdade de Gênero; Água Potável e Saneamento; Energia Limpa e Acessível; Trabalho Decente e Crescimento Econômico; Indústria, Inovação e Infraestrutura; Redução das Desigualdades; Cidades e Comunidades Sustentáveis; Consumo e Produção Responsáveis; Ação contra a Mudança Global do Clima; Vida na Água; Vida Terrestre; Paz, Justiça e Instituições Eficazes; e Parcerias e Meios de Implementação.

Cada episódio é uma tentativa de costurar narrativas — entre a voz da floresta e as urgências do presente — em busca de caminhos que possam sustentar um futuro possível.


Fonte: https://revistadecinema.com.br/2025/10/sao-florestas-nova-serie-do-sesctv-discute-os-desafios-socioambientais-da-regiao-amazonica/

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