“Zona de guerra”: entenda como fica o Rio de Janeiro após megaoperação

“Zona de guerra”: entenda como fica o Rio de Janeiro após megaoperação

O Rio de Janeiro foi alvo de uma “zona de guerra” após uma megaoperação realizada pela Polícia Civil, nesta terça-feira (28). A ação ocorreu nos Complexos do Alemão e da Penha, na zona norte da cidade, com objetivo de frear avanços territoriais do CV (Comando Vermelho) e prender lideranças criminosas. 

Segundo o Governo do Estado do Rio de Janeiro, 81 suspeitos foram presos, entre eles um dos líderes da facção conhecido como “Belão”. Também foram apreendidos cerca de 93 fuzis e mais de meia tonelada de drogas na “Operação Contenção”. 64 pessoas morreram, sendo 4 policiais.

O governo diz que, após receber um relatório de Inteligência da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária, o governador Cláudio Castro decidiu solicitar ao Governo Federal dez vagas para a transferência imediata de lideranças criminosas para presídios federais.

“Estamos enfrentando o crime com rigor, dentro da lei, e quem continuar comandando ações criminosas de dentro das cadeias vai ser isolado e responsabilizado. O Rio de Janeiro não vai tolerar conivência nem complacência com o crime”, informou o governador.

A ação conjunta, considerada a maior da história do Rio de Janeiro, mobilizou 2.500 policiais civis e militares, com a participação do Ministério Público, e teve como objetivo cumprir mandados de prisão e conter a expansão territorial do organização criminosa.

Durante esta terça-feira (28), foram registrados diversos confrontos principalmente na área de mata, e segundo o Governo do Estado, 60 suspeitos, reagiram à ação policial, foram atingidos e morreram. Ao todo, 64 pessoas morreram durante a operação, sendo quatro policias. 

Participaram da operação policiais do COE (Comando de Operações Especiais), de unidades operacionais da Polícia Militar da capital e da Região Metropolitana, além de agentes da CORE, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil.

A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) também reforçou a vistoria nos presídios com lideranças do Comando Vermelho e apreendeu celulares e drogas.

Situação das escolas

A SME (Secretaria Municipal de Educação) informou que, na região do Complexo do Alemão, 31 escolas foram impactadas. Já no Complexo da Penha, 17 unidades foram afetadas. 

A secretaria também ressaltou que a abertura ou fechamento das escolas segue o protocolo “Acesso Mais Seguro”, em parceria com a Cruz Vermelha Internacional, que envolve critérios técnicos como monitoramento permanente da situação em cada território e a atualização das forças policiais.

A CNN Brasil questionou a Seeduc-RJ (Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro) sobre o funcionamento das escolas no estado fluminense, nessa quarta-feira (29), mas não obteve retorno até a última publicação.

Situação dos Postos de Saúde e Hospitais

De acordo com a SES-RJ (Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro), não houve interrupção no atendimento das unidades hospitalares, e todas estão funcionando normalmente nesta terça-feira (28).

A CNN Brasil entrou em contato com a SMS-RJ (Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro), mas não obteve retorno até a última publicação. O espaço segue em aberto.

Situação do Transporte Público e Aeroportos

O MetrôRio informou que, na tarde desta terça-feira (28), a circulação das linhas 1, 2 e 4 operaram normalmente e “com reforço na grade de trens para atender os clientes”.

Segundo o Rio Ônibus, foram registrados 71 ônibus utilizados como barricadas e 204 linhas impactadas. Eles também informaram que o serviço está voltando a normalidade a medida em que os bloqueios estão sendo desfeitos.

Conforme o COR-Rio (Centro de Operações e Resiliência da Prefeitura do Rio), no momento, os transportes da cidade operam regularmente nesta terça-feira (28). A Supervia informou que os trens operam normalmente.

De acordo com a MOBI-Rio (Companhia Municipal de Transportes Coletivos do Rio de Janeiro), os corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além dos serviços de conexão do BRT, tiveram impactos devido as operações.

O COR-Rio divulgou que a Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, sentido Jacarepaguá e a Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, em Anchieta, seguem interditadas por conta das ocorrências. 

A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana informou que acompanha as operações das barcas, metrô e trem, que foram ajustadas para atender ao aumento da demanda registrada nos trens, barcas e metrô.

Ainda segundo a secretaria, o governador Cláudio Castro também determinou reforço nos transportes públicos para atender a população na volta para casa, nesta terça-feira (28).

O RIOGaleão (Aeroporto Internacional Tom Jobim) informou, na tarde desta terça-feira (28), que dois voos foram atrasados. A concessionária reforçou que as vias de acesso ao aeroporto estão liberadas.

A CNN Brasil entrou em contato com a Mobi-Rio e com o Aeroporto Santos Drumont sobre o funcionamento dos serviços de transporte, mas não obteve retorno até a última publicação.


Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/sudeste/rj/zona-de-guerra-entenda-como-fica-o-rio-de-janeiro-apos-megaoperacao/

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