Festival Varilux muda de nome e mobiliza Isabelle Huppert e “Homem do Sapato Preto” para apresentar 24 filmes contemporâneos e o clássico “A Cabra”
Foto: Isabelle Huppert em “A Mulher Mais Rica do Mundo”
Por Maria do Rosário Caetano
Festival de Cinema Francês do Brasil. Este é o longo nome que, a partir de agora, passa a identificar o Festival Varilux, marca óptica que, por incrível que pareça, tinha tudo a ver com o audiovisual. Afinal, evoca a luz, matéria-prima do cinema.
Nome à parte, o que interessa é que, a partir do dia 27 de novembro (e até 10 de dezembro), em dezenas de cidades espalhadas por todo território brasileiro, o festival rebatizado vai exibir vinte filmes recentes e prestar tributo a Pierre Richard, ator, diretor e produtor francês, de 91 anos, estrela histórica da comédia francesa.
Richard é muito conhecido em seu país natal, mas seu nome soa pouco familiar ao público brasileiro. Dele (ou com ele) serão exibidos seis filmes, sendo o mais famoso deles “Loiro, Alto e de Sapato Preto” (Yves Robert, 1972). Ele está também em filme recentíssimo, “Sonho, Logo Existo”, nas funções de ator e diretor.
Caberá, ainda, ao homenageado, espaço nobre no núcleo histórico do ex-Varilux, pois será exibida a comédia “A Cabra” (1981), por ele protagonizada (ao lado de Gérard Depardieu e do mexicano Pedro Armendáriz Jr).
A safra contemporânea reúne títulos de apelo cinéfilo-literário, como “O Estrangeiro”, incursão de François Ozon no universo de Albert Camus,; uma cinebiografia-homenagem ao centenário do psiquiatra e pensador negro Frantz Fanon (1926-1961); um tributo ao casal Simone Signoret-Yves Montad (“Eu, que te Amei”); mais uma comédia dramática (“Mãos à Obra”) da inquieta diretora (e atriz) Valérie Donzelli, do apaixonante “A Guerra Está Declarada”; e “Vizinhos Bárbaros”, de Julie Delpy, atriz de tantos filmes, que, aos 55 anos, vem dedicando-se também à direção.
E não podemos esquecer os filmes protagonizados por astros franceses. A começar pela estrela de primeira grandeza, Isabelle Huppert (ela virá ao Rio prestigiar o ex-Varilux), que interpreta, na comédia dramática “A Mulher Mais Rica do Mundo”, a bilionária Liliane Bettencourt, dona do império L’Oreal. Aliás, tema de série que imantou o interesse do público europeu. Outro astro, Omar Sy, do megassucesso “Intocáveis” (Nackache e Toledano, 2011) marca presença em “Fora de Controle” .
Dessa vez não há filmes com Catherine Deneuve, que anda recolhida, nem com Juliette Binoche, nem Vincent Lindon ou Fanny Ardant. Depardieu, mesmo sob o escrutínio das feministas, ainda aparece, mas em produção de décadas atrás, grifada pelo homenageado Pierre Richard. Ah, tem filme da onipresente atriz ítalo-francesa, Valeria Bruni Tedeschi, amada em Roma e Paris. Ela protagoniza “O Apego”, de Carine Tardieu. E o faz ao lado do galã Pio Marmaï, cada vez mais empenhado em ser reconhecido como ator respeitável.

Os cinéfilos encontrarão outros nomes de destaque no cinema francês. Caso de Benjamin Voisin (o protagonista de “Ilusões Perdidas”, adaptação de Balzac), que encabeça “O Estrangeiro” (de Camus); do abusado Jamel Debbouze, que protagoniza thriller (“Mercato – Os Donos da Bola”) ambientado no mundo do futebol; da compridona Sandrine Kiberlain (em “Vizinhos Bárbaros”); do belga malucão Denys Podalydès (que ator, que comediante!!!), de “Voz de Aluguel”, e da dupla espanhola Sergi Lopez e Antonio Bajon, ambos do thriller “Operação Maldoror”, dirigido pelo belga Fabrice du Welz.
Sergi, como Valeria Bruni Tedeschi, é um intérprete com os pés em dois países, duas pátrias. Nascido na Catalunha, ele se projetou no cinema francês e segue atuando com desenvoltura (e sucesso) nos dois idiomas. Seu penúltimo filme, “Sirât” (Oliver Laxe), premiado em Cannes, causou furor na Mostra SP. Foi amado por uns e odiado por outros.
Entre os atores que vão tornando-se conhecidos entre nós, não podemos nos esquecer do franco-marroquino Roschidy Zem, de “Indigène” (Dias de Glória), autor de remake de “O Invasor”, de Beto Brant. Nessa edição do ex-Varilux, ele marca presença no elenco de dois filmes – a cinebiografia do casal Signoret-Montand (na qual lhe coube interpretar o cantor-ator-militante político), e “13 Dias, 13 Noites”, thriller de Martin Bourboulon. Mesmo caso da belíssima Marina Foïs, de “As Bestias”, que interpreta Simone Signoret e atua, ao lado de Huppert, em “A Mulher Mais Rica do Mundo”.
A vinheta que divulga a nova edição do Festival Francês é embalada por “Sirba”, composição do festejadíssimo Cosma (em parceria com Gheorghe Zamfir), parte da trilha sonora de “Loiro, Alto e de Sapato Preto”, o filme que transformou Pierre Richard em uma das maiores estrelas da comédia francesa. E notem que, mesmo nonagenário, Richard cruzará o Atlântico para chegar ao Brasil (São Paulo e Rio). Ele, que conquistou um César Honorário, em 2006, fará jus, em nosso país, a pequena, mas substantiva, mostra retrospectiva (serão seis destaques de suas performances como ator ou diretor).
Eis a pergunta que não quer calar: Pierre Richard merece o destaque que o Festival Francês lhe dá nesse momento (e em nosso território)?
A resposta virá, com mais substância, depois de vistos (ou revistos) seus filmes. Em seu “Dicionário de Cinema – Diretores” (L&PM, 1996), Jean Tulard emite opinião que não chega a ser desabonadora, mas está longe de ser entusiástica, sobre este astro de comédias gaulesas.
Para o dicionarista, trata-se de “ator muito bem cotado no mundo dos produtores”, que “cansou de se ver dirigido por realizadores de segunda categoria”. Por isso, “aceitou correr os riscos e filmou a si próprio”. E mais: “O resultado, calcado num humor gestual um tanto mecânico, é excelente (‘Le Distrait’, baseado em La Bruyère, e sobretudo ‘Les Malheurs d’Alfred’)”. Só que “o sucesso lhe subiu à cabeça”. Tulard conclui: “ele envolveu-se com os grandes problemas da época (Cuba, o racismo): ‘On Peut Toujours Rêver” (1991) perdeu a espontaneidade de seus primeiros filmes”.
Há dados curiosos na história familiar de Pierre Richard. Filho e neto de industriais, cresceu num castelo e foi educado em ótimas escolas. Portador de hiperlaxia (síndrome neurológica caracterizada por leitura precoce e fixação em números e letras, muitas vezes associada ao autismo), ele mostrou propensão à vida artística. Conseguiu seguir por este caminho, desde que, por exigência da família (os Defays, nome que retirou de sua assinatura artística), se dedicasse aos estudos e buscasse uma “profissão realmente séria”. Ele conciliou as duas atividades. Estudou e começou a atuar em cabarés da Rive Gauche parisiense.
O tempo foi passando. Em 1958, aos 24 anos, Richard estreou no cinema, em “Montparnasse 19”, de Jacques Becker. Seu estouro se daria 14 anos depois, com “Loiro, Alto e de Sapato Preto”, de Yves Robert. O sucesso desta comédia foi tão estrondoso, a bilheteria tão avantajada, que o “Loiro” ganharia uma continuação dois anos depois (“A Volta do Loiro do Sapato Preto”).
Em 1981, Pierre Richard atuaria em “A Cabra”, sob direção de François Verber e ao lado Gérard Depardieu, então no auge da fama. Ambientado em solo mexicano, o filme caprino contou, também, com astro local no elenco, Pedro Armendáriz Jr.
Sobre “A Cabra”, vale transcrever opinião de Rubens Ewald Filho, em seu “Dicionário de Cineastas”, L&PM, 1988:
“Como diretor, Francis Veber começou com um fracasso (‘Le Jouer’, 1967), seguido de um enorme sucesso em 1981 (‘La Chèvre’) e com a comédia ‘Les Compères’, chegando a ser comparado a Frank Capra pela crítica francesa, por causa do humor” e por mostrar “sensibilidade e um toque de crueldade no tratamento de seus personagens”.
Já Tulard resulta mais duro em sua avaliação: “Veber foi comparado a Capra, de quem, de fato, herdou o lado irritante que acaba caindo na pieguice”, mas, “pode-se ver nele eventualmente uma ponta de crueldade e os infortúnios que arrasam Pierre Richard em suas comédias, em especial na melhor delas, ‘La Chèvre’”. Tais infortúnios “beiram ao sadismo”.
Em 1987, Pierre Richard, ainda coberto de fama e dinheiro, já que seus filmes se transformavam em verdadeiros blockbusters, resolveu realizar um documentário em… Cuba, sobre … Che Guevara. O resultado foi “Parlez-moi du Che”. Algo, digamos, inusitado para ator que “se notabilizara por interpretar personagens desajeitados, com um quê de lunáticos”.
O interesse por Cuba, que se parecia excêntrico na trajetória de filho e neto da alta burguesia industrial francesa, acabou se mostrando sincero. Tanto que, em 2002, ele voltou à Ilha de Fidel e lá interpretou “Robson Crusoe”.

A partir dos anos 1990, o ator-diretor não viveria momentos tão badalados quanto aqueles da década de 1970. Em 1991, aos 57 anos, amargaria seu maior fracasso comercial: “On Peut Toujours Rêver”, por ele protagonizado e dirigido. O filme venderia míseros 18 mil de ingressos. Um ninharia para quem conquistara milhões de espectadores com muitos de seus longa-metragens.
A França, país cinéfilo, não esqueceu seu comediante. Em 2005, ele foi tema de longa documental de nome fascinante – “Pierre Richard – A Arte do Desequilíbrio”, de Jérémie Imbert e Yann Marchet. O filme respaldaria o reconhecimento que ele receberia, no ano seguinte, da Academia Francesa de Cinema. Seria laureado com César honorário, por sua longa trajetória na comédia.
Como faz, a cada novo ano, o comando do Festival de Cinema Francês do Brasil reúne produções de gêneros variados (drama, comédia, thriller, romance, cinebiografia, sem esquecer um filme “culinário” e uma animação). Nessa edição, o escolhido nessa última categoria, um híbrido de documentário e animação, é “Maya, Dê-me um Título”, de Michel Gondry. Pai e filha vivem em países diferentes. A uni-los, uma brincadeira. Todas as noites, o pai pede à filha Maya que lhe forneça um título. Com base na resposta recebida da menina, ele estrutura narrativas que a transformarão em sua heroína e protagonista.
Abaixo, todos os filmes (e suas distribuidoras) selecionados para a edição 2025 do Festival Francês. Note-se que a Bonfilm, produtora do evento, e a Califórnia são responsáveis pelo lançamento brasileiro da maioria dos títulos selecionados. Uma ausência se faz notar — a da Imovision do franco-brasileiro Jean-Thomas Bernardini. Ele, aliás, criou seu próprio festival, o de Cinema Europeu, com destaque especial para a produção francófona.
E nunca é demais lembrar que a Califórnia, distribuidora do blockbuster “Intocáveis”, cacifou-se junto aos organismos cinematográficos franceses, pois levou mais de um milhão de espectadores brasileiros aos cinemas para prestigiar a história de um homem rico e paraplégico (François Cluzet) assistido por seu ousado cuidador negro (Omar Sy). A dupla de “Intocáveis” encantou o mundo e o filme ganhou remakes em diversos países.
FILMES CONTEMPORÂNEOS
. “Fanon” (“Fanon”, 2025, 133 minutos, cinebiografia). Direção de Jean-Claude Barny. Ficção com Alexandre Bouyer, Déborah François e Stanislas Merhar. O psiquiatra francês, originário da Martinica, educado na França e radicado na Argélia, Frantz Fanon, acaba de ser nomeado chefe de serviço no hospital psiquiátrico de Blida, em Argel. Seus métodos contrastam com os dos outros médicos inseridos e adaptados a um contexto de colonização.
. “Eu, que te Amei” (“Moi qui t’Aimais”, 2025, 118 minutos, cinebiografia). Direção de Diane Kurys. Com Marine Foïs e Roschdy Zem. Exibido no Festival de Cannes 2025. Simone Signoret, ela, atriz, e Yves Montand, cantor e ator, formaram um dos casais mais famoso de seu tempo. Ela o amava mais do que tudo, ele a amava mais do que todas as outras. Assombrada pelo caso de seu marido com Marilyn Monroe e ferida por todos affair amorosos do marido, a atriz nunca quis interpretar o papel de vítima. Distribuição da Autoral Filmes.
. “A Mulher Mais Rica do Mundo” (“La Femme la Plus Riche du Monde”, 2025, 123 minutos, comédia dramática). Direção de Thierry Klifa. Com Isabelle Huppert, Marina Foïs, Laurent Lafitte (exibido no Festival de Cannes 2025). A mulher mais rica do mundo soma beleza, inteligência e poder. Um escritor e fotógrafo, ambicioso, insolente, extravagante a cerca. Um amor à primeira vista os arrebata. Uma herdeira desconfiada que luta para ser amada. Um mordomo vigilante que sabe mais do que revela. Segredos de família. Doações astronômicas. Uma guerra na qual todos os golpes são permitidos. O filme inspira-se na vida real da empresária Liliane Henriette Charlotte Schuller Bettencourt, que morreu em 2017, aos 94 anos, tema da série documental “A Bilionária, o Mordomo e o Namorado” (Netflix). A base dessa série de imenso sucesso são gravações clandestinas registradas pelo mordomo. Distribuição (do filme): Synapse.
. “Mãos à Obra (“A Pied d’Oeuvre”, lançamento em 2026, 92 minutos, comédia dramática). Direção de Valérie Donzelli. Com Bastien Bouillon, Virginie Ledoyen e Marie Rivière. Prêmio de melhor roteiro no Festival de Veneza 2025. Este filme, oitavo longa-metragem de Donzelli, resulta de adaptação de obra homônima do fotógrafo parisense Frank Courtès. Ao abandonar o ofício que lhe garantia sucesso e bons ganhos financeiros, e optar pela literatura, ele descobriu a pobreza. Distribuição: Bonfilm
. “O Estrangeiro” (“L’Étranger”, 2025, 120 minutos, drama). Direção de François Ozon. Com Benjamin Voisin, Rebecca Marder, Pierre Lottin. Exibido no Festival de Veneza 2025. Ozon realiza adaptação do romance “L’Etranger”, de Albert Camus. Na Argélia dos anos 1930, um francês apático, de nome Meursault, mostra total indiferença à vida. Seu distanciamento emocional o leva a um assassinato. Distribuição: Califórnia Filmes.
. “Jovens Mães” (“Jeunes Mères”, 2025, 105 minutos, drama). Direção de Jean-Pierre e Luc Dardenne. Com Babette Verbeek, Elsa Houben, Janaïna Halloy Fokan. Prêmio de melhor roteiro em Cannes 2025 e Prêmio Ecumênico (no mesmo festival). Jessica, Perla, Julie, Ariane e Naïma estão hospedadas em casa de assistência a mães adolescentes. Cinco delas acreditam que vão conquistar uma vida melhor para si mesmas e para seus filhos. Distribuição: Vitrine Filmes.
. “Fora de Controle” (“Dis-moi Juste que Tu m’Aimes”, 2025, 111 minutos, drama). Direção de Anne Le Ny. Com Omar Sy, Élodie Bouchez, Vanessa Paradis, José Garcia. Após quinze anos de casamento, uma crise coloca à prova a união de Julien e Marie. Quando Anaëlle, o grande amor de juventude de Julien, reaparece, Marie entra em pânico. Perdida em espiral de ciúmes e autodepreciação, Marie se deixa levar por uma aventura com Thomas, que se revelará tão manipulador quanto perigoso. Distribuição: Califórnia Filmes.
. “O Apego” (“L’Attachement”, 2025, 105 minutos, drama). Direção de Carine Tardieu. Com Valeria Bruni Tedeschi, Pio Marmaï, Vimala Pons. Sandra, uma mulher ferozmente independente, compartilha repentinamente, e sem querer, a intimidade de seu vizinho e de seus dois filhos. Contra todas as expectativas, ela aos poucos se apegará a essa família adotiva. Distribuição: Bonfilm.
. “13 Dias, 13 Noites” (“13 Jours, 13 Nuits”, 2025, 112 minutos, drama-thriller). Direção de Martin Bourboulon. Com Roschdy Zem, Lyna Khoudri, Sidse Babett Knudsen. Exibido no Festival de Cannes 2025. A narrativa se dá em Cabul, 15 de agosto de 2021. Enquanto as tropas norte-americanas se retiram, os Talibãs tomam a capital. Milhares de afegãos buscam refúgio na Embaixada da França, protegida pelo comandante Mohamed Bida e seus homens. Cercado, ele negocia com os Talibãs para organizar o comboio da última chance em direção ao aeroporto. Distribuição: Califórnia Filmes.
. “Era Uma Vez minha Mãe” (“Ma Mère, Dieu et Sylvie Vartan”, 2025, 102 minutos, comédia dramática). Direção de Ken Scott. Com Leila Behkti, Jonathan Cohen, Sylvie Vartan. Adaptado do romance autobiográfico de Roland Perez, advogado de Sylvie Vartan. Em 1963, Esther dá à luz Roland, que nasce com pé torto e não consegue andar. Contra a opinião de todos, Dona Esther promete ao filho uma vida normal e maravilhosa. Ela lutará, com todas as suas forças e pela vida inteira, para cumprir sua promessa. Uma história real sobre um destino incrível e o amor incondicional de uma mãe por seu filho. Sylvie Vartan, registre-se, é uma cantora de imenso sucesso na França. Hoje, com 81 anos, a ex-mulher de Johnny Hallyday (1965-1980), que além de gravar 50 álbuns, fez-se atriz, continua na ativa. Nascida na Bulgária e radicada na França, ela tem participação no filme de Ken Scott. Distribuição: Califórnia Filmes.
. “Uma Jornada de Bicicleta” (“À Bicyclette!”, 2025, 99 minutos, comédia dramática). Direção de Mathias Mlekuz. Com Mathias Mlekuz, Philippe Rebbot, Josef Mlekuz. Prêmio Valois de Música, no Festival do Cinema Francófono de Angoulême. Com participação no Festival Internacional de Comédias de Alpe d’Huez. Do Atlântico ao mar Negro, Mathias leva seu melhor amigo Philippe em uma viagem de bicicleta. Juntos, eles refazem o percurso que Youri, seu filho, havia iniciado antes de desaparecer tragicamente. Distribuição: Bonfilm.
. “La Pampa” (“La Pampa”, 2025, 94 minutos, drama-thriller. Direção de Antoine Chevrolier. Com Sayyid El Alami, Amaury Foucher, Damien Bonnard. Willy e Jojo, dois adolescentes inseparáveis, passam o tempo, entediados em uma pequena aldeia no coração da França. Mas Jojo esconde um segredo. E quando toda a vila o descobre, os sonhos e as famílias dos dois amigos se despedaçam. Distribuição: Encripta.
. “Maya, Dê-me um Título” (“Maya, Donne-moi un Titre”, 2025, 61 minutos, animação, aventura, comédia, família, versão dublada, a partir de 6 anos). Direção de Michel Gondry. Maya e seu pai vivem em dois países diferentes. Para manter o vínculo com a filha e continuar contando histórias para ela, seu pai lhe pede todas as noites: “Maya, me dê um título!”. A partir desse ponto de partida, ele cria um desenho animado no qual ela é a heroína.
. “Mercato – Os Donos da Bola” (“Mercato”, 2025, 119 minutos, comédia dramática, thriller). Direção de Tristan Séguéla. Com Jamel Debbouze, Monia Chokri, Hakim Jemili. Mercato mergulha nos bastidores do futebol de hoje, uma indústria global na qual os interesses se contam em bilhões. Driss, empresário de jogadores, tem sete dias para salvar a própria pele antes do fim da janela de transferências. Distribuição: Bonfilm.
. “Operação Maldoror” (Le Dossier Maldoror, 2025, 155 minutos, drama-thriller). Direcao de Fabrice du Welz. Com Antony Bajon, Sergi Lopez. Bélgica, 1995. O desaparecimento preocupante de duas jovens abala a população e desencadeia um frenesi midiático sem precedentes. Paul Chartier, um jovem policial idealista, junta-se à operação secreta “Maldoror”. Confrontado com as falhas do sistema policial, ele parte sozinho em uma caçada humana que o levará a mergulhar na obsessão. Distribuição: Califórnia Filmes.
. “O Segredo da Chef” (“Partir un Jour”, 2025, 98 minutos, comédia dramática, com ingredientes culinários). Direção de Amélie Bonnin. Com Bastien Bouillon e Juliette Armanet. Filme de abertura do Festival de Cannes 2025. Quando Cécile está prestes a realizar seu sonho, abrir seu próprio restaurante gastronômico, ela precisa voltar à aldeia onde cresceu. Seu pai sofrera um infarto e necessita da presença dela. Longe da agitação parisiense, ela reencontra seu amor de juventude. Distribuição: Synapse.
. “Os Bastidores do Amor” (“Le Beau Rôle”, 2025, 1h24, comédia e romance. Direção de Victor Rodenbach. Com William Lebghil, Vimala Pons. Há anos, Henri e Nora compartilham tudo: eles se amam e ela dirige as peças nas quais ele atua. Quando Henri consegue, pela primeira vez, um papel no cinema, a criação de seu novo espetáculo desmorona e o casal se despedaça. Distribuição: Bonfilm.
. “Vizinhos Bárbaros” (“Les Barbares”, 2025, 101 minutos, comédia). Direção de Julie Delpy. Com Julie Delpy, Sandrine Kiberlain, Laurent Lafitte. Em Paimpont, a vida tranquila dos moradores é subitamente abalada. Num gesto de solidariedade, eles votam com entusiasmo para acolher refugiados ucranianos. Mas, ao chegarem, descobrem que eles não são ucranianos… são sírios! Alguns moradores têm dificuldade em aceitar esses novos vizinhos. Distribuição: Synapse.
. “Voz de Aluguel” (“Le Répondeur”, 2025, 102 minutos, comédia). Direção de Fabienne Godet. Com Salif Cissé, Denis Podalydès, Aure Atika. Prêmio do público do Festival Internacional de Comédias de l’Alpe d’Huez 2025. Adaptação do romance homônimo de Luc Blanvillain. Baptiste, um talentoso imitador, não consegue viver da sua arte. Um dia, ele é abordado por um romancista, constantemente perturbado pelas ligações incessantes de seu círculo. Precisando de silêncio para escrever, o romancista propõe a Baptiste que se torne seu “atendedor de chamadas”. Distribuição: Bonfilm.
. “Sonho, Logo Existo” (“L’Homme qui a Vu l’Ours qui a Vu l’Homme”, 2025, 88 minutos, comédia). Direcção de Pierre Richard. Com Pierre Richard, Timi-Joy Marbot, Gustave Kervern. Grégoire e Michel não são da mesma geração, mas são unidos pela amizade, pelo amor à natureza e por um grande afeto por um urso que escapou de um circo. Distribuição: Bonfilm.
O CLÁSSICO
. “A Cabra” (“La Chèvre”, 1981, 95 minutos, aventura-comédia-policial). Direção de Francis Veber. Com Pierre Richard, Gérard Depardieu, Pedro Armendáriz Jr. A trama se passa no México, onde a filha, em gozo de férias, do grande empresário Bens acaba sendo sequestrada. Para encontrá-la, seu pai contrata o detetive particular Campana e o associa a um trapalhão incorrigível na esperança de que isso o aproxime de sua filha. Distribuição: Bonfilm.
HOMENAGEM A PIERRE RICHARD
. “O Brinquedo (“Le Jouet”, 1976, 95 minutos, comédia). Direção de Francis Veber. Com Pierre Richard, Michel Bouquet, Fabrice Greco. O filho de um bilionário passeia em uma grande loja para escolher um presente. A escolha da criança recai sobre um jornalista, que será colocado à sua disposição e se tornará seu brinquedo.
. “Os Fugitivos” (“Les Fugitifs”, 1986, 89 minutos, comédia). Direção de Francis Veber. Com Pierre Richard, Gérard Depardieu e Jean Carmet. Os tempos estão difíceis para François Pignon, que precisa cuidar de sua filha. Ele chega até a se dispor a assaltar um banco. Fará de Jean Lucas, um refém. Trata-se de um ex-presidiário recém-saído da prisão, mas decidido a se tornar honesto.
. “Loiro, Alto e de Sapato Preto” (“Le Grand Blond Avec une Chaussure Noire”, 1972, 90 minutos, comédia). Direção de Yves Robert. Com Pierre Richard, Jean Rochefort e Bernard Blier. O loiríssimo François Perrin chega a Orly calçando um sapato amarelo e outro preto. Uma sorte para Perrache, assistente do coronel Toulouse, chefe de um serviço secreto, que vê nesse jovem violinista excêntrico a oportunidade perfeita. Ele o escolhe para, às suas custas, desempenhar o papel de um temível espião internacional.
. “Um Sopro entre os Dentes” (“Un Nuage entre les Dents”, 1974, 95 minutos, comédia). Direção de Marco Pico. Com Pierre Richard, Philippe Noiret, Claude Piéplu. Dois jornalistas da imprensa sensacionalista, Malisard e Prévot, percorrem Paris em busca de um furo. Nesse dia, os comparsas necessitam buscar os filhos de Prévot na escola, mas durante momento de desatenção os garotos escapam.
Festival de Cinema Francês no Brasil 2025
Data: de 27 de novembro até 10 de dezembro
Cidades confirmadas: Aracaju (SE), Araguaína, Gurupi e Palmas (TO), Araraquara, Botucatu, Campinas, Cotia, Indaiatuba, Jundiaí, Lorena, Ribeirão Preto, Santa Bárbara do Oeste, Santos, São Carlos, São José dos Campos e São Paulo (SP), Balneário Camboriú (SC), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Búzios (RJ), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Caxias do Sul (RS), Corumbá (MS), Cuiabá (MT), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Garanhuns (PE), Itajubá (MG), Jaguari (RS), João Pessoa (PB), Juiz de Fora (MG), Londrina (PR), Macaé (RJ), Maceió (AL), Manaus (AM), Maringá (PR), Monte Claros (MG), Natal (RN), Niterói (RJ), Pelotas (RS), Petrópolis (RJ), Poços de Caldas (MG), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Resende (RJ), Rio Grande (RS), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), Uruguaiana (RS), Vitória (ES) e Volta Redonda (RJ)
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