Polícia faz operação contra “mentor de barricadas” e finanças do CV no Rio
As polícias civil e militar do Rio de Janeiro deflagraram, nesta terça-feira (18), mais uma etapa da Operação Contenção, que visa combater a expansão territorial do CV (Comando Vermelho). De acordo com as corporações, o objetivo da ação é atacar a estrutura financeira e logística da facção.
Entre os alvos, está um suspeito apontado como “mentor de barricadas”, que financia e viabiliza material para a construção das barreiras que impedem a locomoção da polícia e de moradores nas áreas dominadas pelo CV. Conforme apuração da CNN Brasil, ele está entre os 15 presos, até agora, na operação.
De acordo com a investigação, o “mentor de barricadas” se apresentava como empresário do ramo da reciclagem, mas, na verdade, era um braço financeiro do Comando Vermelho, lavando dinheiro oriundo da receptação de cobre, fornecia materiais para construção e reforço de barricadas e atuava como elo entre os ferros-velhos e o tráfico, promovendo a integração logística e financeira da facção.
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Participam da ação agentes da DRF (Delegacia de Roubos e Furtos), da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais), do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e de unidades do DGPE (Departamento-Geral de Polícia Especializada).
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 217 milhões em bens e valores e interdição de oito ferros-velhos no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Minas Gerais.
Segundo a investigação, parte dos recursos para erguer e manter as barricadas é proveniente da receptação e comercialização de cobre e outros metais furtados.
A polícia conseguiu confirmar que ferros-velhos ligados ao tráfico de drogas funcionavam como núcleos de lavagem de dinheiro e de apoio operacional, sendo fundamentais também para financiar a instalação e reconstrução de barricadas, custear atividades de vigilância armada e manutenção de pontos de venda de drogas e para fortalecer o controle territorial do CV em comunidades da zona Norte, Baixada Fluminense e Região Metropolitana do Rio.
Análises financeiras conduzidas pela DRF revelaram movimentação ilícita superior a R$ 217 milhões, valor incompatível com as atividades declaradas pelos investigados.
Diante das provas, foram representados e deferidos ordem de bloqueio integral de valores e ativos financeiros vinculados à facção e seus operadores, sequestro de imóveis de luxo no Recreio dos Bandeirantes, utilizados para blindagem patrimonial, sequestro de veículos de alto padrão, pertencentes ao núcleo financeiro, interdição de oito ferros-velhos e afastamento compulsório de sócios e responsáveis legais.
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