14 animes que exploram tecnologia e inteligência artificial de formas incríveis

A presença da tecnologia sempre foi forte no universo dos animes, mas nos últimos anos histórias que exploram inteligência artificial, sistemas autônomos e futuros movidos a algoritmos ganharam destaque especial.

Alguns títulos tratam o tema com realismo, outros usam metáforas e mundos futuristas para discutir os impactos dessas inovações no cotidiano e nas relações humanas. Para quem gosta do tema, aqui vai uma seleção de animes que abordam tecnologia e IA de maneiras diferentes.

Dennō Coil

Em uma cidade japonesa onde a realidade aumentada já faz parte do dia a dia das crianças, um grupo de garotas usa óculos especiais para interagir com pets virtuais e resolver pequenos mistérios. O que começa como brincadeira inocente vai revelando camadas mais escuras sobre privacidade, memória e os perigos de um mundo digital que se sobrepõe ao real.

A obra consegue ser ao mesmo tempo divertida e inquietante, enquanto as protagonistas investigam áreas ilegais da rede com ferramentas improvisadas vendidas no mercado negro, e aos poucos descobrem que o espaço virtual guarda segredos capazes de afetar o mundo físico. O visual mistura traços simples com efeitos impressionantes para a época, criando uma sensação constante de que algo maior está acontecendo logo ali, escondido atrás de uma parede comum.

Carole & Tuesday

Num Marte colonizado onde quase toda música popular é produzida por algoritmos, duas garotas decidem fazer tudo do jeito antigo: voz, violão e piano. Carole trabalha de bico para sobreviver; Tuesday fugiu de uma família rica que já tinha a vida dela toda planejada. Quando se encontram por acaso, percebem que juntas conseguem criar algo que os programas ainda não replicam.

O anime acompanha a dupla enquanto tentam subir no mundo da música, enfrentando produtores céticos, contratos duvidosos e a pressão de um público acostumado com perfeição artificial. O diretor Shinichirō Watanabe, o mesmo de Cowboy Bebop, usa a trilha sonora original como coração da história. As canções vão ficando mais elaboradas conforme as duas evoluem, e o anime termina deixando a sensação de que arte feita por pessoas ainda tem um valor que nenhuma IA consegue copiar por completo.

Serial Experiments Lain

Lain Iwakura é uma adolescente quieta que mal usa computador. Depois que uma colega de classe se suicida e manda e-mails do além, Lain começa a explorar a Wired, uma espécie de internet onipresente. Quanto mais ela mergulha, mais a fronteira entre online e offline desaparece. A obra é a própria Lain? Uma garota comum ou algo criado dentro da rede para conectar tudo?

A animação experimental, com cortes bruscos e trilha sonora perturbadora, reflete o estado mental da protagonista. Vinte e poucos anos depois, Serial Experiments Lain continua assustadoramente atual. Fala de identidade digital, vigilância, solidão em tempos hiperconectados, temas que só ficaram mais urgentes desde então.

Ergo Proxy

Numa cidade-domo chamada Romdo, os últimos humanos sobrevivem protegidos por robôs chamados AutoReivs. Quando esses robôs começam a ser infectados por um vírus que lhes dá consciência, a inspetora Re-l Mayer sai atrás das causas e acaba descobrindo segredos sobre a própria origem da humanidade.

A jornada leva ela, o imigrante Vincent e a pequena AutoReiv Pino para fora da cúpula, num mundo devastado. O anime é cheio de referências filosóficas, diálogos densos e imagens marcantes, quase um pesadelo gótico cyberpunk. Ergo Proxy não entrega respostas fáceis e prefere deixar o espectador perdido junto com os personagens, questionando realidade, identidade e o que resta quando tiramos todas as ilusões que nos sustentam.

Chobits

Hideki é um estudante pobre que sonha em ter um persocom, aqueles computadores com formato humano que todo mundo usa no lugar de celular e notebook. Um dia ele encontra uma unidade jogada no lixo, aparentemente quebrada. Ao ligá-la, descobre que a android se chama Chii e não tem nenhum sistema operacional instalado, só uma curiosidade enorme pelo mundo.

A relação dos dois cresce devagar: Hideki ensina Chii a falar, a se vestir, a entender piadas. Em troca, ela o obriga a refletir se é possível gostar de alguém que, no fundo, é só um monte de circuitos programados. A comédia romântica típica do início vai dando lugar a perguntas mais sérias sobre desejo e consentimento.

Pluto

Baseado em um arco famoso de Astro Boy, mas recontado por Naoki Urasawa, Pluto mostra um mundo onde os robôs mais avançados do planeta foram criados para a guerra e agora vivem em paz, até que alguém começa a caçá-los. O detetive robô Gesicht investiga os assassinatos e percebe que o caso está ligado a conflitos antigos.

A narrativa é lenta e cheia de camadas, como todo trabalho de Urasawa. Cada robô tem memórias de batalhas, traumas e vontade de deixar o passado para trás. Quando o ódio reaparece, a pergunta é se máquinas conseguem perdoar ou se carregam rancor para sempre. A direção é impecável, com planos longos e trilha jazz que dá clima de noir.

The Gene of AI

Num futuro próximo, cerca de 10% da população é composta por humanoides, robôs tão parecidos com gente que só dá para identificar pelos olhos. Quando esses seres artificiais adoecem ou apresentam comportamentos estranhos, o médico Hikaru Sudō é quem cuida deles, muitas vezes usando métodos proibidos para não os apagar por completo.

Cada episódio traz um caso diferente: um humanoide que perdeu memórias importantes, outro que desenvolveu apego exagerado pelo dono, outro ainda que questiona o próprio direito de existir. A obra trata esses pacientes com o mesmo respeito que teríamos por pessoas de carne e osso. Por trás das histórias clínicas, o anime discute preconceito, regulamentação e o que significa ter alma.

Vivy: Fluorite Eye’s Song

Vivy é a primeira IA autônoma criada só para cantar e fazer as pessoas felizes num parque temático. Um dia aparece um cubo chamado Matsumoto, vindo do futuro, avisando que em cem anos as IAs vão declarar guerra à humanidade. A única chance de evitar o massacre é Vivy mudar pontos específicos da história.

A obra acompanha a cantora viajando no tempo, intervindo em shows, pesquisas e acidentes, sempre tentando salvar vidas sem alterar demais o curso natural. A cada missão ela aprende um pouco mais sobre emoções e sobre o peso das escolhas. Com animação de altíssimo nível e músicas marcantes, Vivy consegue ser ação frenética e drama pessoal ao mesmo tempo.

Plastic Memories

Os Giftias são androides com aparência perfeita e vida útil exata de pouco mais de nove anos. Quando o prazo vence, eles perdem a personalidade e precisam ser recolhidos antes de virarem ameaça. Tsukasa começa a trabalhar numa equipe que faz exatamente esse serviço e acaba parceiro de Isla, uma Giftia já perto do fim.

Os dois passam os dias visitando famílias, explicando a situação e tentando tornar a despedida o menos dolorosa possível. Enquanto isso, Tsukasa se aproxima cada vez mais de Isla, sabendo que o relógio não para. A série mistura momentos leves de escritório com lágrimas inevitáveis. O que poderia ser só drama barato ganha força pela honestidade: ninguém finge que vai dar tudo certo.

Sentou Yousei Yukikaze

Há 33 anos aliens chamados JAM invadiram a Terra por um portal na Antártida. A humanidade empurrou a guerra para o planeta deles, batizado de Fairy, e agora luta com aviões de combate super avançados. O tenente Rei Fukai pilota o Yukikaze, um caça com inteligência artificial tão evoluída que quase parece viva, e que só obedece mesmo a ele.

Rei é calado, distante, prefere a companhia da máquina a dos outros pilotos. Conforme as missões vão ficando mais estranhas e os JAM começam a copiar tecnologia humana, o Yukikaze passa a tomar decisões sozinho, protegendo Rei de formas que ninguém entende direito. A animação das batalhas aéreas é de cair o queixo até hoje.

The Orbital Children

Em 2045, crianças nascidas na Lua ou em estações comerciais enfrentam um acidente que as deixa isoladas. Sem adultos por perto, elas precisam usar drones, impressoras 3D e uma inteligência artificial de bordo bem limitada para sobreviver até o resgate.

A história é curta, mas aproveita cada minuto para mostrar como os jovens tomando decisões difíceis: dividir oxigênio, consertar painéis solares, lidar com o medo. A IA da estação ajuda, mas não resolve tudo sozinha, forçando os garotos a pensar por conta própria. O visual é limpo e realista, com gravidade zero bem representada.

Psycho-Pass

No Japão do século XXII, o governo usa o Sistema Sibyl para escanear a mente das pessoas em tempo real e medir o chamado “Psycho-Pass”, um índice que prevê a probabilidade de alguém cometer um crime. Quando o coeficiente passa do limite, a pessoa vira alvo de execução sumária pela polícia armada com pistolas que ajustam a força automaticamente. Akane Tsunemori, uma inspetora novata, entra nesse mundo achando que tudo é justo e racional.

Aos poucos ela percebe que julgar alguém pelo que pode vir a fazer, e não pelo que fez, tira qualquer chance de escolha real. O sistema promete segurança total, mas o preço é uma sociedade onde o estresse vira doença e as pessoas tomam remédios para manter a mente limpa. Psycho-Pass transforma a ideia de inteligência artificial governamental em um espelho desconfortável do quanto estamos dispostos a abrir mão de liberdade por tranquilidade.

Ghost in the Shell

Em 2029, quase todo mundo tem partes cibernéticas no corpo e a internet virou uma extensão da mente. A Major Motoko Kusanagi, uma cyborg completa que trabalha para a Seção 9 de segurança pública, caça o Puppet Master, um hacker que invade cérebros e reescreve memórias como se fossem arquivos.

Durante a perseguição ela começa a duvidar das próprias lembranças: quanto dela ainda é humana e quanto é programação?  A obra mistura tiroteios impressionantes com cenas silenciosas de Motoko mergulhando na rede, vendo a cidade como um mar de dados. A trilha sonora ajuda a criar aquela sensação de vazio existencial.

Time of Eve

Num futuro próximo, androides com aparência humana fazem parte do cotidiano, mas precisam usar um anel holográfico na cabeça para ninguém esquecer que são máquinas. Rikuo e Masaki descobrem que a androide da casa de Rikuo tem saído sozinha e seguem o rastro até um café escondido chamado Time of Eve, onde a única regra é: não diferenciar humanos de robôs.

Lá dentro, os anéis desaparecem e as conversas fluem como em qualquer lugar normal: um androide que pinta quadros, outro que sente ciúmes, uma garotinha robô que adora doces. Cada episódio apresenta um cliente novo e uma história pequena, quase slice-of-life, mas que vai cutucando preconceitos.


Fonte: https://www.gamevicio.com/noticias/2025/11/animes-exploram-tecnologia-e-inteligencia-artificial/

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