Musk recebe remuneração de US$ 139 bi de 2018 após batalha judicial

A Suprema Corte de Delaware restabeleceu um pacote salarial concedido ao CEO da Tesla, Elon Musk, em 2018, que havia sido anulado duas vezes por uma juíza de instância inferior.

O pacote concedeu a Musk a opção de comprar 303 milhões de ações, ajustadas pelo desdobramento, um pacote avaliado em US$ 139 bilhões ao preço de fechamento das ações na sexta-feira (19).

A juíza Kathaleen McCormick, do Tribunal de Chancelaria de Delaware, que presidiu o caso, considerou que, embora os acionistas da Tesla tivessem aprovado o plano de remuneração duas vezes, o valor do pacote era injusto para os acionistas.

Ela escreveu que o conselho da Tesla “tinha o ônus de provar que o plano de remuneração era justo, e não conseguiu cumprir esse ônus”.

Mesmo depois de os acionistas terem votado novamente a favor do pacote, McCormick o rejeitou pela segunda vez, considerando-o injusto.

Mas a Suprema Corte de Delaware decidiu na sexta-feira que o tribunal inferior errou em sua decisão e que anular o pacote de remuneração de 2018 foi “injusto”, deixando Musk “sem compensação por seu tempo e esforços ao longo de seis anos”.

Musk já é a pessoa mais rica do mundo, com um patrimônio líquido estimado em US$ 644 bilhões, segundo o rastreador de bilionários da Bloomberg.

Grande parte dessa riqueza vem das 413 milhões de ações da Tesla que ele possui, ações que valiam US$ 199 bilhões ao preço de fechamento de sexta-feira. As ações da Tesla estão próximas da máxima histórica atingida no início desta semana.

Recentemente, ele recebeu da Tesla um novo pacote salarial que pode chegar a US$ 1 trilhão, caso o valor das ações da Tesla suba tanto quanto ele e a empresa projetam.

E a Tesla representa apenas uma parte do patrimônio líquido de Musk. Ele também é o principal acionista da SpaceX, empresa que ele planeja abrir capital no próximo ano, com uma avaliação que aumentaria ainda mais sua riqueza.

“Obrigado pelo seu apoio inabalável”, respondeu Musk na sexta-feira à noite, em resposta a alguém que havia publicado sobre a decisão da Suprema Corte de Delaware.