Organização Criminosa: Mandados de prisão e busca e apreensão são cumpridos em Pontes e Lacerda e Vila Bela
Oito ordens judiciais, entre mandados de prisão e de busca e apreensão domiciliar, foram cumpridos na manhã desta terça-feira (27.04) pela Polícia Civil de Mato Grosso em apoio à operação Déja Vu, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás para desarticular uma organização criminosa dedicada ao tráfico interestadual.
Em Mato Grosso, os mandados são cumpridos pelas equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE) e Gerência de Operações Especiais (GOE), nas cidades de Cuiabá (um mandado de prisão e dois de busca), Pontes e Lacerda (dois de prisão e um de busca), Nobres (um mandado de busca) e Vila Bela da Santíssima Trindade (um mandado de busca).
Investigação
A investigação da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil de Goiás, iniciou em janeiro de 2020, revelando um sofisticado esquema de transporte e distribuição de cocaína pura, pasta base de cocaína e skunk.
Oriunda do Mato Grosso, a droga era transportada em fundos falsos de camionetas até Goiás, onde era armazenada. Parte permanecia em solo goiano e o restante era redistribuído para o Distrito Federal e o Nordeste, especialmente o Estado do Rio Grande do Norte.
De acordo com o delegado da Denarc Vinícius Teles, a longa e complexa investigação evidenciou toda a estrutura da organização, expondo os núcleos de fornecimento, que vendia a droga na origem; de logística e transporte, formado por mecânicos que criavam os fundos falsos nas camionetas e pelos motoristas, além de seus coordenadores; financeiro, que articulava o fluxo dos pagamentos pela droga; e de adquirentes, que redistribuíam o entorpecente para outros traficantes atacadistas.
Nome da operação
A designação Déjá Vu, expressão francesa que significa “já visto”, remonta à operação Esmeralda, de 2014, quando o grupo capitaneado por Marcelo Gomes de Oliveira, o Marcelo “Zoi Verde”, então considerado um dos maiores traficantes do Centro Oeste, foi preso.
Marcelo foi assassinado em 2017 na Bolívia. Porém, diversos de seus asseclas integram a organização atual, que se reestruturou, voltando a agir com dinâmica ainda mais apurada e eficaz.