Câmeras capturam imagens de mais de 100 mil espécies de animais em MT

Câmeras capturam imagens de mais de 100 mil espécies de animais em MT

Um projeto desenvolvido nos municípios de Itaúba e Cláudia, na região norte de Mato Grosso, está ajudando a identificar várias espécies de animais que vivem na região norte do estado. São mais de 100 mil espécies registradas. Câmeras instaladas nas florestas capturam a rotina dos bichos.

As 32 câmeras ajudam a identificar animais, como jaguatirica, onça-pintada, onça-parda, tamanduá bandeira, tatu canastra, veado da amazônia e aves.

Os locais onde ficam as câmeras possuem todos os tipos de vegetação local – pasto, cerrado, mata de

transição e Floresta Amazônica – mostrando diferentes espécies registradas.

As lentes possuem sensores infravermelhos que permitem que as imagens também sejam feitas durante a noite.

De acordo com o biólogo e supervisor do projeto, Juliano Mafra, essa tecnologia ajuda a fazer registros que não seriam possíveis com outros métodos. “A armadilha fotográfica é uma tecnologia que permite o registo de alguns animais que a gente não conseguiria visualizar com outros métodos, principalmente animais que são mais sensíveis a nossa presença, animais com hábito mais noturno, por exemplo”, contou.

Os locais que os animais mais aparecem são próximo a lagoas. Os porcos do mato, conhecidos como queixada, costumam ir a esses locais em busca d”água.

O projeto de conhecimento da fauna acontece há 7 anos e é uma compensação ambiental de iniciativa da usina hidrelétrica em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e biólogos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

A ideia é que o levantamento contribua para pesquisas socioambientais, o conhecimento e a preservação dos animais para que haja um equilíbrio ambiental.

O gerente de meio ambiente da Sinop Energia, usina elétrica que faz o monitoramento, André Vasques, explicou que o acervo de imagens pode ser visto no banco de dados da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) para fins de pesquisa, ensino e para a própria comunidade.

“Existe uma interação com entidades de ensino e pesquisa e fundamentalmente todo esse acervo de conhecimento fica disponível junto ao banco de dados da Sema, tornando-se público, o que ajuda não só pesquisa e ensino, mas também o conhecimento daqueles que querem melhorar o plano de manejo ambiental nas suas propriedades rurais ou para a própria região”, disse.

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Adriano Monezi

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