Estudante de Medicina de Pontes e Lacerda tenta escapar da guerra pela Polônia

Um mato-grossense de Pontes e Lacerda é um dos brasileiros que ainda está na Ucrânia em meio ao conflito vivido entre o país e a Rússia. Morador da cidade de Denipropetrovsk, distante cerca de 500 quilômetros a sudeste da capital, Kiev, o estudante de Medicina, Sydnei dos Santos Junior, tem relatado para a mãe, Mislene Alcântara, a rotina complicada que é viver em uma nação em guerra.

De acordo com Mislene, Sydnei não tem conseguido sequer sacar o dinheiro que seus familiares enviaram, pois os caixas eletrônicos não estão funcionando direito. Ela também conta que o filho relatou um grande desabastecimento nos mercados locais, já que a maior parte dos alimentos essenciais vêm de Kiev, uma das cidades mais atacadas pelos russos até o momento.

“Tem sido dias difíceis. É complicado ver um filho seu passando por tudo aquilo que você vê na televisão e acha que nunca acontecerá com alguém tão próximo. Ele me relata toda a dificuldade em relação a alimentos, principalmente. Os supermercados ficaram vazios e não se consegue sacar dinheiro. Nesta semana, ele se alimentou através de doações de colegas da faculdade. Tem sido dias difíceis”, disse a mãe ao Jornal do Meio Doa (TV Vila Real).

O jovem, segundo a mãe, esteve recentemente em Mato Grosso, onde passou uma temporada com a família por conta da pandemia de Covid-19. Mislene comentou que Sidney não temia uma guerra neste momento, pois o assunto era corriqueiro nos quatro anos em que ele mora na Ucrânia. Por conta do conflito, ela relatou que o estudante tenta agora sair do país e ir até a Polônia.

“Ele recentemente, esteve aqui conosco, durante a pandemia e passou o Natal com a gente, até que retornou. Cheguei a perguntar se ele queria mesmo voltar e o Pedro me respondeu que nesses quatro anos, sempre se falava da guerra, mas nunca acontecia nada, e que além disso, os amigos já tinham voltado a estudar, ou seja, ele achou que estava tudo normal e tinha medo de perder aula. Não tive como segurar”, contou.

Fonte: Diário de Cáceres

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