Janaína Riva avalia deixar MDB se partido firmar aliança com PT em apoio a Lula
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) declarou, nesta segunda-feira (19), em entrevista ao HNT, que avalia deixar o MDB se o partido firmar aliança para apoiar o petista diplomado Luiz Inácio Lula da Silva, que estará à frente da Presidência da República a partir do dia 1º de janeiro de 2023.
Atualmente, o MDB nacional avalia a possibilidade de indicar o senador por Alagoas, Renan Filho, para o Ministério do Planejamento. O MDB ainda é cotado para ocupar alguma das seguintes pastas: Integração Nacional, Cidades ou Minas e Energia.
Reeleita para o terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa com 82.124 votos, o que lhe fez ser a mais votada nas eleições de outubro deste ano, Janaína Riva avalia que uma aliança com partidos de esquerda é incabível diante do seu plano de disputar uma eleição majoritária em Mato Grosso.
“Jamais escondi minha pretensão de disputar futuramente o governo do Estado. Meus eleitores são mais conservadores e alinhados à direita. Não me sentiria confortável, dentro do MDB, em apoiar um projeto político tipicamente de esquerda”, declarou.
A parlamentar revela ainda que o apoio do MDB nacional ao futuro mandato de Lula deve desencadear uma debandada no partido em Mato Grosso. “Não tenho dúvida que muitos prefeitos e vice-prefeitos deixarão o MDB. Muitos vereadores, dos quais dialoguei, também deixarão o MDB nesta hipótese. Tenho plena consciência das minhas restrições legais, teria que aguardar uma janela partidária, mas já adianto que me sinto desconfortável com o MDB apoiando Lula. Nas eleições deste ano, com exceção do Carlos Bezerra e do Emanuelzinho, todos que disputaram a reeleição apoiaram Bolsonaro. Eu e os deputados Juarez Costa, Dr. João e Thiago Silva”.
Pelo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), titulares de mandatos majoritários, que são prefeitos, governadores, senadores e presidente da República, não estão submetidos à regra da fidelidade partidária, que pune com a perda do mandato quem troca de partido. É aplicável, por outro lado, aos vereadores e deputados estaduais e federais, eleitos pelo sistema proporcional.